Greve geral na França contra reforma da Previdência - um sucesso e um exemplo
Os bons e velhos sindicatos voltaram a ocupar a rua, recebendo apoio de estudantes e outros movimentos
As reformas de cunho neoliberal na verdade são contra-reformas. São movimentos reacionários para tirar direitos ou dificultar o acesso a eles. Resultam em aumento das injustiças e da desigualdade. E números o confirmam. E a reação dos povos o confirma.
*Não é apenas em países mais atrasados e mais explorados que as políticas neoliberais insistem em reaparecer. A Previdência é um dos alvos dessas políticas e o resultado é sempre o aumento da desigualdade e da concentração de renda.
*Um relatório publicado pelo site da OXFAM nos informa:
*"De toda a riqueza gerada no mundo em 2017, 82% foi parar nas mãos do 1% mais rico do planeta. Enquanto isso, a metade mais pobre da população global – 3,7 bilhões de pessoas – não ficou com nada. O dado faz parte do relatório “Recompensem o trabalho, não a riqueza”, lançado pela Oxfam às vésperas do encontro do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que as elites empresariais e políticas do mundo."
*''O relatório revela como a economia global possibilita que a elite econômica acumule vastas fortunas enquanto milhões de pessoas lutam para sobreviver com baixos salários."
*Matéria completa em https://oxfam.org.br/noticias/super-ricos-estao-ficando-com-quase-toda-riqueza-as-custas-de-bilhoes-de-pessoas/
*O ataque generalizado contra as instituições previdenciárias fará com que as pessoas trabalhem mais tempo e tenham menos renda na velhice, gerando distorções como a que provocou a atual convulsão social no Chile.
*Matéria a respeito pode ser lida em https://valor.globo.com/mundo/noticia/2019/11/16/simbolos-da-desigualdade-aposentados-precisam-continuar-trabalhando-no-chile.ghtml
*"Macron quer acabar com os regimes especiais, igualizar as reformas por baixo e aumentar a idade de reforma de forma encapotada. A greve paralisou transportes, escolas e hospitais e muito mais. Esta quinta-feira há 245 concentrações e manifestações marcadas em França. Estudantes e “coletes amarelos” juntam-se aos protestos."
*Pela proposta de Macron, ainda que seu inteiro teor não seja conhecido, sabemos, pelas linhas gerais, que ele quer tornar a previdência de todos igual. Só que quer igualar por baixo. O que prejudicará os trabalhadores franceses que contribuem com os recursos que formam a Previdência. Os trabalhadores franceses querem ser ouvidos. No Brasil não houve reações massivas contra a reforma da Previdência, como não houve contra a reforma trabalhista. Essas reformas têm o mesmo corte. Vão tornar os empregos precários e dificultar o acesso do trabalhador à aposentadoria. Resultado: menos renda para os pobre e remediados e mais dinheiro concentrado nas mãos dos poucos muito ricos.
*Para mais informações sobre o movimento dos franceses contra a reforma da previdência e a desigualdade, podemos ver nos sites:
* https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/62006/greve-geral-sindicato-fala-em-1-5-milhao-nas-ruas-da-franca-contra-reforma-da-previdencia-de-macron
* https://www.esquerda.net/artigo/franca-em-greve-massiva-contra-reforma-das-reformas/64757
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