Nós não sabemos o veneno que está na água que bebemos.
Nesse tempo de liberação quase irrestrita de agrotóxicos, causa preocupação para a saúde pública, porque os brasileiros estão desprotegidos: não há controle adequado da quantidade de agrotóxicos na água que estamos bebendo.
Sobre a liberação de agrotóxicos em 2019:
"O governo Bolsonaro liberou, nesta quarta-feira (27), mais 57 novos registros de agrotóxicos. O novo ato do Ministério da Agricultura foi publicado no Diário Oficial da União (DOU). Oficialmente, o governo confirma a licença de um total de 439 substâncias, mas, na verdade, o número pode chegar a 467 produtos. Independentemente, no entanto, da soma final, a quantidade de novos registros já é a maior dos últimos 14 anos, como destacam os dados da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida."
Fonte: https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2019/11/em-menos-de-um-ano-governo-bolsonaro-ja-liberou-registros-de-439-agrotoxicos/
Matéria sobre o assunto foi publicada no site "Repórter Brasil".
Ela chama atenção para as deficiências de regulação e sobre municípios que, mesmo tendo conhecimento de concentração inaceitável de agrotóxicos, não tomaram providências cabíveis. Muitos não sabem nada. Outros, mesmo sabendo, não tomam providências.
“É um ambiente de desregulação total”, afirma o procurador do Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul, Marco Antonio Delfino de Almeida, sobre a estrutura que gira em torno do Sisagua, o sistema criado pelo Ministério da Saúde para armazenar dados sobre a água e que funciona com o preceito de que a responsabilidade de alimentá-lo corretamente é dividida entre União, estados, municípios e empresas de abastecimento.
“Deveria ser papel do poder público analisar, avaliar e trazer esses dados para população de maneira ampla, irrestrita e transparente. Mas isso não acontece.” "Outro problema grave evidenciado após a publicação do mapa é o dos municípios que registraram concentração de agrotóxicos acima do que é considerado seguro no país. Nesses casos, ações deveriam ser tomadas para averiguar se os dados estão corretos e encaminhar medidas para resolver o problema. Mas nem mesmo nesses casos providências foram tomadas. É o que aconteceu em Bauru, no interior de São Paulo, onde os números do Sisagua indicavam que seis agrotóxicos foram detectados em concentração acima do Valor Máximo Permitido, em diferentes datas entre 2014 e 2017, sendo que dois dos pesticidas (Clorpirifós e o Aldrin) foram encontrados em dois pontos de coletas diferentes na cidade."
A matéria completa está em:
https://reporterbrasil.org.br/2019/10/sucessao-de-falhas,-omissao-e-jogo-de-empurra-deixam-populacao-no-escuro-sobre-presenca-de-agrotoxicos-na-agua/
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