A pandemia é um pesadelo que ainda não terminou e a aparente normalização do cotidiano não deve servir de aval para os que querem acreditar que essa história chegou ao fim. Quando, no Brasil, vemos as pessoas acreditarem que o pior já passou, na Europa a segunda onda deveria nos alertar de que o perigo ainda continua vivo.
E assim será até que a vacinação se torne uma realidade e os grupos mais vulneráveis à contaminação ou às formas graves de COVID e a posterior vacinação de grande parte da população crie, de verdade, a tal imunidade de rebanho.
Hoje, 3 de novembro, vários países europeus já declararam lockdown ou outras medidas de bloqueio, inclusive toque de recolher e fechamento de estabelecimentos comerciais, como medida de contenção da segunda onde da pandemia.
Angela Merkel chama atenção do povo alemão para a necessidade de conter a segunda onda de coronavírus: "A luz no fim do túnel ainda está bem distante", acrescentou Merkel, observando que os alemães provavelmente precisarão continuar a manter a paciência até meados de março do próximo ano.” ( leia em https://m.dw.com/pt-br/a-luz-no-fim-do-t%C3%BAnel-ainda-est%C3%A1-bem-distante-diz-merkel/a-55477871 )
Miguel Nicolelis, em artigo intitulado “A Europa olha para o Brasil e diz: eu sou você amanhã”, publicado no jornal EM PAÍS, diz:
“Exatamente duas semanas atrás, eu usei as minhas redes sociais para alertar sobre a possibilidade de que, tanto a segunda onda europeia, como o novo crescimento descontrolado dos casos nos EUA, poderiam contribuir para o surgimento de uma segunda onda de covid-19 no Brasil nos próximos meses. Somadas as aglomerações produzidas pelo relaxamento das medidas de isolamento social em todo país, bem como pela campanha eleitoral e os dois turnos das eleições e as festas de final de ano, uma segunda onda de casos de covid-19 poderia atingir em cheio o Brasil a partir dos seus aeroportos internacionais, nos primeiros meses de 2021.” (o artigo do Nicolelis pode ser lido em https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-11-02/a-europa-olha-para-o-brasil-e-diz-eu-sou-voce-amanha.html )
Nicolelis já havia advertido que a segunda onda na Europa deveria acender o alerta dos gestores no Brasil ( https://sindicatoexpresso.blogspot.com/2020/10/nicolelis-diz-que-aumento-de-casos-de.html )
No Extremo Oriente, onde houve medidas mais duras e uma resposta disciplinada e colaborativa da população, até o momento não há sinais de uma segunda onda.
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