Suspeitávamos que Bolsonaro era culpado pela má condução da pandemia. Agora são 1.288 páginas de provas
Essa é a dura conclusão do epidemiologista Pedro Hallal, cujo depoimento, ao lado de muitos outros, é registrado no relatório final sobre a gestão do governo no combate à Covid-19. Divulgado na semana passada, é o ápice de uma envolvente Comissão Parlamentar de Inquérito que durou meses. É claro que não sabemos exatamente quantas das 606 mil mortes no país poderiam ter sido evitadas: Hallal faz apenas uma estimativa. Mas a verdade é que não temos um presidente mediano. Nem mesmo um presidente levemente ruim. Temos Jair Bolsonaro, um homem que insiste em dizer que as principais vítimas da Covid-19 foram “os obesos e quem estava apavorado.” Já era hora de documentarem o catastrófico comando do país exercido por Bolsonaro ao longo da pandemia, e o relatório de 1.288 páginas faz exatamente isso.”
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E, lendo, concluímos, sem dificuldades, que a condução que Bolsonaro deu à pandemia, apoiando falsos tratamentos milagrosos e corrompendo a médicos para apoiarem suas teses desastrosas, tornaram o Brasil um dos dez países do mundo com taxa de letalidade mais elevada da COVID. Isso foi obra dele, ninguém pode negar. Os seus mais fanáticos e intransigentes apoiadores, em algum momento de suas vidas, diante de um exame de consciência, perceberão que foram vítimas de um vigarista, que enganou a muitos fazendo-os adotar atitudes desumanas.
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