FAX SINDICAL URGENTE (128)
JUIZ DE FORA: PRONTO SOCORRO FICARÁ SEM PLANTONISTAS.
No dia 18 de dezembro o Diretor Clínico e o Presidente da Comissão de Ética Médica do HPS (Hospital de Pronto Socorro) de Juiz de Fora, enviaram ao Ministério Público notícia sobre a falta de plantonistas naquela unidade para o serviço de cirurgia. Com a equipe de plantão incompleta, os que ainda ficarão fazendo plantão correrão um grave risco. Daí a urgência e a necessidade de comunicar esse evento à autoridade: para proteção do corpo clínico. Esgotados todos os esforços da diretoria daquela Unidade, os plantões dos dias 20 e 21 de dezembro ficarão com as equipes incompletas e, talvez, o serviço de cirurgia fique completamente inoperante. É a primeira vez que a crise vem à tona de forma tão dramática, embora equipes incompletas de plantão e plantonistas sem poder tirar férias por falta de substituição já seja um fenômeno recorrente naquela unidade. O problema poderá se repetir. Essa ocorrência era previsível e nenhuma providência foi ou pôde ser tomada para evitar o seu desfecho.
A administração Bejani não realizou concursos públicos para preencher os quadros de médicos da Prefeitura, optou por uma política de contratações precárias e manteve os salários dos médicos em seu patamar insatisfatório e ridículo. Até a data do desbaratamento de sua camarilha pela Polícia Federal, nenhuma medida prática foi tomada pela Prefeitura para resolver esse gravíssimo problema, cujas conseqüências já eram visíveis e previsíveis. Em novembro de 2006, um relatório da Direção Clínica foi dirigido ao Ministério Público sobre a extensão do problema. Essa atitude foi decidida após o fracasso de qualquer tentativa de diálogo produtivo com a Secretaria de Saúde, então nas mãos da Sra. Maria Aparecida Soares, vulgo Nininha, e de sua turma. Eles exerceram a gestão de uma forma autoritária e ditatorial. Não houve qualquer preocupação ou vontade política, durante aquele período, para construir uma política de recursos humanos justa e consistente, para atrair e fixar médicos no serviço público do município. Este ano mais de 5% dos médicos que trabalham no serviço público de saúde pediram demissão em menos de 8 meses.
Agora, pessoas que não estavam diretamente envolvidas com as responsabilidades daquele período lamentável da administração municipal estão expostas às suas lamentáveis conseqüências. A população deve ser informada que o HPS, serviço essencial, estará com suas condições de trabalho profundamente comprometidas e que isso acarretará problemas no atendimento aos usuários do SUS que procurarem o HPS.
É mais um capítulo na crise dos serviços públicos de saúde no Estado de Minas Gerais.
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