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[FAX SINDICAL]_Sindicato denuncia governo estadual na Comissão de Direitos Humanos.

O  Governo de Sérgio Cabral  Filho,  em razão do fracasso de sua gestão na área de Saúde, da falta de vontade política para  corrigir as causas apontadas para a crise e  do  não cumprimento de  promessas ofende o interesse geral da população do Rio de Janeiro.  O direito de acesso à saúde de toda a população que não pode pagar por serviços privados está ameaçado. Em razão disso, ele  foi denunciado na  Comissão de Direitos Humanos da OAB. É crescente o descontentamento do funcionalismo público estadual com  o governo de Sérgio Cabral e a resistência está crescendo em ritmo acelerado. Com o apoio da Federação Nacional dos Médicos o Sindicato dos  Médicos denunciou o  Governo de Sérgio Cabral .


FENAM e SindMed/RJ denunciam governo estadual à Comissão de Direitos Humanos da OAB


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Dirigentes da FENAM e do SindMed/RJ entregam a denúncia à representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Nara Saraiva

Foto em http://public.fenam2.org.br/img/global/midia/thumb/e3fda54d60ec2e1fab347ceaccca66b8DENUNCIA.OAB.1.jpg
O diretor da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Sami El Jundi, e o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, entregaram nesta quinta-feira, 18/12, à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção RJ, denúncia contra o governo do Estado do Rio pela morte de um rapaz no Hospital Getúlio Vargas, no dia 28 de novembro, porque não havia anestesista no local para que ele pudesse ser operado. Baleado na virilha, o rapaz faleceu cerca de uma hora depois de dar entrada na emergência. Os médicos que o atenderam diagnosticaram a necessidade imediata de cirurgia, mas o Getúlio Vargas não contava com anestesista no plantão, conforme consta no próprio prontuário da vítima. Os profissionais também informam no prontuário que há três meses o hospital não tem anestesistas nos plantões das sextas-feiras. A integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, Nara Saraiva, que recebeu a denúncia, classificou o fato como “chocante” e garantiu que a entidade vai analisar o conteúdo do documento entregue pela FENAM e pelo SindMed/RJ, bem como as provas apresentadas, entre elas o prontuário, para tomar as providências cabíveis. “Esse caso é chocante. Existem provas, inclusive testemunhais, e nós vamos dar o encaminhamento devido; vamos cuidar desse caso para que ele tenha o desfecho necessário nos trâmites legais”, assinalou. Pouco depois de ter recebido o documento, a advogada solicitou que ele fosse protocolado na OAB e o processo recebeu o número 34206/2008. O diretor da Fenam, Sami El Jundi, disse que a Federação e o Sindicato também irão apresentar o relatório, que contém 17 páginas, a organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU), Organização dos Estados Americanos (OEA) e Organização Mundial de Saúde (OMS). “Vamos internacionalizar esse caso”, ressaltou. Sami El Jundi, que junto com Jorge Darze vistoriou nesta quarta e quinta-feira, 17 e 18/12, os hospitais Salgado Filho (municipal) e Carlos Chagas (estadual), considera o sistema de saúde pública do Rio de Janeiro um dos piores do Brasil porque, segundo ele, o problema não está só na falta de investimentos no setor e nas péssimas condições de atendimento à população e de trabalho para os profissionais de saúde, mas, sim, porque no Rio a questão é tratada como natural, corriqueira, tanto nas unidades municipais quanto nas estaduais e federais. “As pessoas que são atendidas na rede pública do Rio correm risco de morte, como aconteceu com o rapaz baleado”, acentuou Sami. Já Jorge Darze, que classifica a morte do rapaz no Hospital Getúlio Vargas como “homicídio”, informou que em vários hospitais já visitados por integrantes do Sindicato a entidade verificou que em plantões onde deveriam trabalhar seis médicos, há, no máximo, três. Isso foi constatado nesta quarta-feira na vistoria que o SindMed e a Fenam fizeram no Salgado Filho, onde faltavam também oftalmologistas e cirurgiões de tórax e pediátrico. Darze disse que naquela unidade, além da falta de profissionais, em salas que deveriam ter 14 leitos, havia, em média, 60 pacientes “disputando espaço e a atenção dos médicos”. “Homens e mulheres são acomodados juntos, o que é proibido, e pacientes são atendidos em cadeiras. Havia uma enfermaria com 43 leitos de pediatria e nenhum médico responsável. Os poucos clínicos que trabalham precisam se desdobrar para atender a vários setores ao mesmo tempo”, lamentou o presidente do SindMed/RJ.
Fonte: http://portal.fenam2.org.br/portal/showData/11568#

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