Fax Sindical 138 - Juiz de Fora: pagamento preocupa servidores públicos municipais e estaduais cedidos à Prefeitura. A dengue é uma ameaça séria à cidade. Médicos apreensivos quanto a pagamento do SUS.
TRABALHADORES DA PREFEITURA DESCONFIADOS QUANTO AO FUTURO.
O Sindicato dos Servidores Públicos do município de Juiz de Fora apressou-se, na voz de seu presidente, Cosme Nogueira, a procurar a administração municipal para assegurar que os trabalhadores da Prefeitura teriam garantida a sua remuneração. A reação foi desencadeada pelo anúncio de que a administração irá reter, parcelar ou contingenciar (como queiram) 30% do orçamento municipal.
Os servidores públicos municipais ficaram preocupados. Houve o precedente dos servidores públicos estaduais cedidos à Prefeitura, que recebem complementação salarial e que estão habituados a receber esse pagamento até meados do mês e que até o dia 22 ainda não haviam visto a cor de seu dinheiro. Houve, antes, a declaração do Prefeito. Esses fatos juntos justificam a preocupação reinante entre os servidores municipais e a direção do Sinserpu - sindicato dos trabalhadores da Prefeitura - quanto ao futuro de sua remuneração. A prefeitura garantiu que nada vai mudar. A Secretária da Fazenda declarou que o pagamento dos servidores não será afetado.
Acredita-se que desconfianças e temores só serão dissipados com a realização efetiva do pagamento. Até lá ficará o suspense.
A DENGUE EM JUIZ DE FORA.
A cidade vítima da dengue. É manchete nos jornais de Juiz de Fora: a dengue está em condições de assustar a cidade. Já houve uma morte. Há sete bairros com uma quantidade exagerada de mosquitos transmissores da doença. Os resultados dos insucessos de políticas de saúde são doenças, mortes e queda de qualidade de vida da população. Isso não é exclusivo de Juiz de Fora. O mosquito é a ocasião de governantes, gestores e legisladores aprenderem a respeitar os problemas da saúde. Não há declaração demagógica que previna epidemias.
PROCEDIMENTOS DO SUS: PAGAMENTO CONTINUA SENDO UM PROBLEMA.
É público e notório os valores irrisórios que são pagos pelos procedimentos médicos realizados pelo SUS. Considerando que o trabalho dos médicos não é filantrópico e que os profissionais dependem dele para sobreviverem dignamente, para se atualizarem profissionalmente é natural que essa tabela seja, cada vez mais, insustentável. Se esse tipo de serviço atrai cada vez mais os jovens médicos e não fixa os novatos, ele não é nada compensador para os veteranos que insistem, como que por força do hábito.
Recentemente o Sindicato procurou a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora por que os psiquiatras que ainda prestam serviços ao SUS perceberam que o valor pago por seus procedimento foi diminuído. Caso único. Aberração contratual. Ataque a direito individual. Pode ser classificado de qualquer maneira. Mas o SUS, ao menos em Juiz de Fora, conseguiu a triste façanha de diminuir a remuneração profissional. Sem considerar que o dinheiro destinado a pagar médicos costuma ficar vinte dias, impunemente, trancado em alguma gaveta. Isso em cima de preços vis. Ainda se aguarda uma definição da Secretaria. O Sindicato espera que os profissionais sejam ressarcidos e acompanha o caso.
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