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JUIZ DE FORA - MÉDICOS DA PREFEITURA MANTÉM GREVE

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DE - Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora.
DATA - 01 de julho de 2009.
ANO III No. 160.
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ASSEMBLÉIA E ADESÃO AO MOVIMENTO COMPROVAM AVANÇO DA CONSCIÊNCIA PROFISSIONAL DOS MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA.
Administração Custódio de Matos ainda mantém intransigência quanto às reivindicações da classe médica. A contraproposta da Prefeitura ao Sindicato dos Médicos só trata de demandas geradas pela própria administração municipal. Nem uma linha sobre os assuntos de interesse geral e imediato dos médicos da Prefeitura.

*** Reunidos em Assembléia Geral, os médicos da Prefeitura de Juiz de Fora decidiram manter a greve por tempo indeterminado e realizar nova Assembléia na próxima quarta-feira, 8 de julho, para reavaliar uma eventual nova contraproposta da Prefeitura. Amanhã reunem-se o Comando de Greve e Diretoria do Sindicato, para traçar novas ações de mobilização e protesto. As denúncias sobre condições precárias de funcionamento das unidades do SUS em Juiz de Fora serão encaminhadas ao Conselho Municipal de Saúde, à Vigilância Sanitária estadual e ao Ministério da Saúde.
*** Não há dúvida de que a postura inflexível da administração municipal provocará um grande desgaste político.
*** Discutiu-se na Assembléia a questão da manutenção em funcionamento de 30 % das unidades de saúde. No entendimento aprovado pela maioria da Assembléia, serão mantidos em atividade mais de 30 % dos médicos, para manter os intactos os serviços de urgência e emergência. O Sindicato deverá solicitar uma reunião com a Secretária de Saúde, com participação de representantes do Conselho Municipal de Saúde, para tratar da questão do funcionamento de serviços essenciais durante a greve. Há, entre as partes, uma expectativa de que a greve seja longa. Entre os médicos está se reforçando a união de toda a categoria, diante da situação lastimável a que chegou o exercício da Medicina dentro do SUS de Juiz de Fora.
*** a contraproposta encaminhada ao Sindicato dos Médicos pelo Secretário de Administração da prefeitura mostrou que existe uma gigantesca má-vontade política em relação aos médicos da Prefeitura, ao problema dos recursos humanos no SUS e ao próprio sistema público de Saúde. A Assembléia dos médicos rejeitou-a por unanimidade e continua esperando que a administração do Sr. Custódio de Matos tenha boa vontade com o problema da saúde pública em Juiz de Fora.
*** A Diretoria do Sindicato dos Médicos continua atenta a problemas relativos a repressão contra o movimento ou a cerceamento de atividade sindical. Esperamos que certas pessoas que ocupam cargos de chefia na Prefeitura entendam as suas responsabilidades e saibam exatamente o que é CRIME CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO.
*** A classe médica aguarda ansiosamente um posicionamento do vereador e médico Dr. José Laerte. Dos três vereadores médicos eleitos no último pleito, os Drs. José Tarcísio e José Fiorillo já compareceram a Assembléias e declararam, da tribuna da Câmara, apoio ao movimento dos médicos. Falta o Dr. José Laerte. Acredita-se que, por ser do mesmo partido do prefeito, ele poderia, se quisesse, ter um papel destacado nas negociações coletivas entre sindicato e administração municipal. Até agora o Dr. José Laerte não se manifestou publicamente sobre a remuneração vil dos médicos da Prefeitura e nem sobre a deterioração das condições de trabalho no SUS de Juiz de Fora. Nem sobre o risco de demissão em massa dos médicos contratados pela AMAC. Integrantes da diretoria do Sindicato dos Médicos garantem que Dr. José Laerte seria muito bem recebido se comparecesse a uma Assembléia dos Médicos da Prefeitura.

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