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BRASIL: SAÚDE EM QUESTÃO. ONU PEDE EXPLICAÇÕES DA INDIFERENÇA DO GOVERNO COM ALCOOLISMO E SUICÍDIO ENTRE ÍNDIOS.

ONU quer explicação sobre alcoolismo e saúde de índios

http://tribunapopular.wordpress.com/2008/08/16/onu-quer-explicacao-sobre-alcoolismo-e-saude-de-indios/
Relator da ONU visita aldeias com problemas de saúde, segurança e terra.
Entre os locais que serão visitados está a reserva Raposa Serra do Sol.

Da Agência Estado

O relator especial das Nações Unidas (ONU) sobre Direitos Humanos e Liberdades Fundamentais dos Povos Indígenas, James Anaya, pediu explicações ao governo brasileiro sobre o alto índice de suicídio e alcoolismo entre índios da etnia guarany kaiwá, em Mato Grosso do Sul, e também sobre o avanço de epidemias como hepatite e malária nas aldeias do Vale do Javari, no Amazonas.

Em missão oficial de 12 dias no País, Anaya foi recebido nesta sexta-feira (15) por dirigentes da Fundação Nacional da Saúde Indígena (Funasa) e na segunda-feira (1 8) começará a fase de visita a aldeias com problemas de saúde, segurança e terra.

Entre os locais a serem visitados, ele dedicará atenção especial à reserva Raposa Serra do Sol, cuja demarcação sofre contestação de fazendeiros e terá um teste decisivo nos próximos dias no Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da ação dos arrozeiros da região, que desejam a demarcação da reserva em ilhas e não em área contínua.

Mas nesta sexta-feira, o foco ficou concentrado nos problemas de saúde, como os do Javari, onde vivem 3.587 índios de seis etnias pouco integradas, mas constantemente agredidas por madeireiros.

Eles fizeram chegar à ONU um relatório em que denunciam que índios ?estão condenados? pelas epidemias de hepatite (A, B, C e D), pneumonia, malária e pelo agravamento de outras doenças, como desnutrição infantil, tuberculoses, câncer uterino, Aids e problemas relacionados à ?falta de atendimento? nas aldeias.

Em relação aos guaranys kaiwás, o dirigente da ONU quis saber o que o governo brasileiro está fazendo para deter o elevado índice de suicídios, de 45 índios ao ano (quase a totalidade cometidos por jovens), combater o alcoolismo e ajudar na reabilitação dos viciados. O problema foi detectado desde a década de 60, quando os índios, privados de suas terras, doadas pelo governo a colonos assentados, entraram em depressão. Apesar das várias iniciativas do governo e pressões externas, o drama dos caiuás permanece sem solução.

Ações do governo

O diretor de Saúde Indígena da Funasa, Wanderley Guenka, reconheceu que o governo trava uma luta para conter o alcoolismo na região de Dourados, onde existem 14 destilarias de cachaça em volta das aldeias indígenas.

O agravamento das epidemias na região, segundo Guenka, deve-se às incursões de invasores não-índios, sobretudo madeireiros ilegais. A PF e as Forças Armadas, segundo a Funasa, têm intensificado ações para expulsão dos invasores e para o combate ao desmatamento.

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