quarta-feira, 11 de junho de 2008

REFORMA DA ASSISTÊNCIA TEM LEVADO AO MORTICÍNIO DE PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS.

A gestão interminável do Sr. Pedro Gabriel Godinho Delgado à frente da Coordenadoria de Saúde Mental do Ministério da Saúde tem trazido consequências. Essa matéria constata uma delas. Algo que deve ser melhor investigado, para a História.

Desassistência eleva mortalidade de doentes mentais

Recente pesquisa realizada pelo Datasus referente o índice
de mortalidade devido transtornos mentais e comportamentais
no SUS x Sistema de Saúde Complementar, mostrou que, a taxa de mortalidade de doentes mentais no SUS aumentou. Este dado pode ser correlacionado com a dessasistência
que assola o país.
A pesquisa mostra que a mortalidade de doentes mentais no SUS, praticamente dobrou no período de 1996 a 2005, passando de 4.703 para 8.931, enquanto que o número de internações, nos mesmos nove anos, caiu pela metade, passando de 413.662 para 267.256. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de mortes de doentes mentais e comportamentais cresceu 41% nos últimos cinco anos. Foram 9.398 doentes mentais mortos em 2006 contra 6.655 em 2001. No ano de 2004 as doenças mentais ocuparam o quarto lugar em número de óbitos, superada apenas por doenças perinatal, partos e exames alterados.
Segundo o estudo realizado pelo Prof. Dr. Fernando Portela Câmara - médico pasiquiatra (especialista), mestre e doutor em Biofísica , os dados constatam que há direta correlação entre os óbitos por doença mental e a redução de interAno
1996 2001 2005 2006 Crescimento
Morte por doenças mentais 4.703 6.655 8.931 9.398 41%
Fonte: Ministério da Saúde: “Saúde Mental no SUS”
A realidade da saúde mental no Brasil
Ano 1990 1995 2006
Leitos psiquiátricos 91.330 42.036 39.567nações psiquiátricas na rede SUS. “Este aumento foi significantemente maior do que a variação da população residente no período de 1996 a 2005 e correlacionou-se fortemente com a progressiva redução das internações psiquiátricas”, constatou o psiquiatra Fernando Portela Câmara.
De acordo com os dados apresentados,
no mesmo período, um quarto dos leitos psiquiátricos do país foi fechado.
Hoje no país existe um déficit de 43.227 leitos psiquiátricos. Leitos que foram considerados ruins foram fechados,
mas ainda não há uma rede de atendimento que atenda a demanda,
nem mesmo leitos suficientes e de qualidade em unidades de psiquiatria
em Hospital Geral ou em unidades especializadas, aos moldes do Hospital Sarah – ortopedia, Incor – cardiologia, etc.
Os transtornos mentais e comportamentais
tiveram incremento de 62,31% de óbitos em relação ao fator de incremento da população, ficando
bem acima do segundo colocado, que foram as doenças de olho, com incremento de 58,73% e das doenças
do sistema nervoso, com 35,47%. Com os leitos públicos reduzidos, e sem a criação de um sistema eficaz (Caps, Campes, atendimento em ambulatórios,
unidades de psiquiatria em hospitais gerais, novos leitos em hospitais especializados com serviços e profissionais de qualidade), abriu-se espaço para criação de leitos privados, que duplicaram nos últimos anos. A pesquisa revela que no ano de 2004, o risco de mortalidade de doentes mentais no SUS foi 4,6% maior do que entre os beneficiários da Saúde Suplementar.
O que levou o país a esta situação precária? Nos últimos 15 anos o Ministério
da Saúde vem adotando a mesma política de saúde mental, a qual intitulam
como sendo base de uma reforma no sistema. Quando esta reforma trará os resultados esperados pelos doentes mentais, seus familiares e os profissionais
de saúde preocupados em oferecer
a sociedade o atendimento digno
e de qualidade a que têm direito? O primeiro Caps foi inaugurado há mais de 21 anos.
Ainda segundo o professor Fernando
Portela, “Esses resultados apontam para a necessidade de uma política que venha reverter esta excessiva mortalidade”.
Fonte: MS
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