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SAÚDE PÚBLICA EM CRISE EM MINAS GERAIS: ESPECIALISTAS PEDEM DEMISSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO NO SUL DE MINAS.

A notícia pode ser vista no link EPTV.com - Notícias ou lida abaixo. O problema do financiamento do sistema público de saúde no Brasil soma-se aos problemas gerenciais e causa desmotivação ao quadro de médicos dos serviços públicos. Desvalorizados quando comparados a outras carreiras de nível superior, os profissionais manifestam seu descontentamento de várias formas. A mais grave delas é o pedido de demissão. Pedidos de demissão coletiva já foram objeto de matérias nesse blog sindical muitas vezes. Agora, no sul de Minas, os serviços públicos de saúde estão ficando sem médicos especialistas. Essa informação também contradiz a propaganda oficial do Governo de Aécio Neves, de que a saúde pública em Minas vai bem, obrigado. Arredio ao diálogo com os médicos, o Governador e seu staff tentam emplacar a máxima do propagandista de Hitler, o Dr. Goebbels: uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. Sob as condições do estado de direito e com liberdade de imprensa e informação, a propaganda oficial, não raro, desmorona diante de notícias que a desmentem. Como essa:
Sul de MG: Rede pública tem déficit de médicos
Em Varginha merade do efetivo pediu demissão
EPTV Sul de Minas
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11/06/2008 - 16:23 - Está cada vez mais difícil encontrar médicos especialistas para trabalhar na rde pública de saúde no Sul de Minas Gerais. Para se ter uma idéia, somente em Varginha, mais da metade dos profissionais contratados no mês passado já se demitiu.

Em Poços de Caldas não apareceu nenhum candidato para prestar o concurso público em dversas áreas e até cidades de menor porte como Carmo da Cachoeira também enfrentam problemas.

Segundo o Conselho federal de Medicina MInas Gerais, são aproximadamente 37 mil médicos e 70% deles têm até três empregos. Mas mesmo assim, existem sérias dificuldades para contratar profissionais dispostos a trabalhar na rede pública de saúde.

Na cidade e Carmo da Cachoeira, por exemplo, o salário que varia entre R$ 4 mil e R$ 10 mil reais não é suficiente para atrair os médicos e algumas especialidades. Só como exemplo, a cidade não tem reumatologista e nem pneumologista.

Segundo o secretário de saúde da cidade, Lúcio Flávio Mantovani, os profissionais que se formam nestas áreas preferem trabalhar nas cidades-polo onde existe uma estrutura maior e onde eles possam montar seus consultórios.

Pablo Marcelino Pedro, provedor do hospital da cidade, confirma os dados e diz que os profissionais preferem centros como Varginha, Lavras e Três Corações e a saída é indicar uma dessas cidades para que o paciente não fique sem o atendimento.

O problema é que nestas cidades também existe a carência de pessoal. Em Lavras existem três vagas em aberto com salário de R$ 5.300 para oito horas de trabalho/dia; em Itajubá, são cinco vagas com ordenado de R$ 1.375,14 e, sem contar que em Poços de Caldas, há 25 vagas abertas para reumatologistas, neurologistas, hematologistas e oftalmologistas.

Em Varginha foram contratados 18 médicos no mês passado, mas 10 já foram embora. Na cidade estão abertas 15 vagas nas mais diversas especialidades.

Segundo o delegado do Conselho Regional de Medicina de Varginha, Luiz henrique Souza PInto, a qualidade do atendimento não é boa nos hospitais públicos pois faltam meios de se fornecer diagnósticos, ás vezes, faltam até medicamentos.

Outros fatores de desestímulo são a falta de segurança e o excesso da carga de trabalho com os plantonistas trabalhando até 12 horas.
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