Pular para o conteúdo principal

SINDICALISTAS DO MATO GROSSO DO SUL REPUDIAM NOVA CPMF.

Considerando a brutal carga tributária que pesa sobre os trabalhadores brasileiros, os juros altos e o preço dos alimentos consumidos no dia a dia de cada um, os sindicalistas do Mato Grosso do Sul decidiram manifestar seu repúdio à decisão da Câmara dos Deputados de, por uma exígua maioria de dois votos, refundar a odiada CPMF.

Esse imposto - a falecida CPMF - criada com a finalidade de financiar a saúde pública, terminou por não atingir o seu objetivo, caindo no agrado de banqueiros e assambarcadores da dívida pública. Agora o fantasma da CPMF volta a assombrar o bolso dos brasileiros. Leia a matéria:
GERAL - MS -

Mato Grosso do Sul, Quinta-Feira, 12 de Junho de 2008 - 10:36
Sindicalistas repudiam aprovação da nova CPMF
Da bancada federal de Mato Grosso do Sul, apenas os deputados Antônio Cruz (PP) e Waldir Neves (PSDB) foram contra o novo imposto

Sindicalistas de Mato Grosso do Sul repudiam a aprovação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), ontem pela Câmara Federal, onde seis dos oito deputados da bancada de MS, votaram a favor da nova CPMF. Apenas os deputados Waldir Neves (PSDB) e Antônio Cruz (PP), votam contra.

O coordenador geral do Fórum Sindical dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul – FST/MS, organismo que integra sindicatos e federações de trabalhadores do Estado, criado para defender os interesses dos trabalhadores, José Lucas da Silva, disse que os brasileiros, na sua maioria, trabalham nada menos que 148 dias do ano somente para pagar tributos e outros encargos ao governo, “segundo dados de institutos econômicos”, informa o sindicalista, “e agora, com mais esse tributo, é uma vergonha”, afirma.

Se a saúde vai mal hoje no Brasil, segundo ele, não é por falta de recursos financeiros e sim por conta dos desvios de verba para outras áreas e até para o bolso de pessoas e organizações criminosas existentes dentro da própria estrutura governamental. “Ou seja, é por falta de uma adminstração séria é que não temos bons serviços na área de saúde”, reforça o sindicalista.

José Lucas da Silva disse que é “inadmissível” o quadro de horror em que a saúde está situada hoje no Brasil: “São pessoas que morrem nas filas à espera de atendimento médico; outros, mesmo muito doentes, são obrigados a esperar até um ano por uma consulta médica ou por exames médicos”, afirma. Esse quadro não pode continuar e não será essa nova contribuição, a CSS, que vai resolver. “É preciso cuidar da coisa pública com seriedade. Somente assim resolveremos nossos problemas não só na área da saúde como também da segurança pública, educação, e outras áreas que são o caos.

O sindicalista Idelmar da Mota Lima, membro do FST/MS e presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – FETRACOM/MS, disse que o fórum enviou esta semana ofício a todos os parlamentares da bancada do Estado em Brasília solicitando-lhes que votassem de acordo com a vontade da maioria da população do Estado e do País. “Infelizmente seis deles voltaram-se contra a vontade popular. Mas não vamos desistir, vamos continuar nessa mesma linha de luta”, afirmou.

Agora o FST, segundo Idelmar, vai reforçar o pedido aos senadores Valter Pereira (PMDB), Marisa Serrano (PSDB) e Delcídio Amaral (PT), para que impeçam a aprovação da nova CPMF no Senado Federal, para onde a matéria agora será encaminhada.

Vale ressaltar que a Contribuição Soci8al para a Saúde (CSS) prevê a cobrança nos moldes da extinta CPMF, com alíquota de 0,1% e arrecadação direcionada ao setor. Se aprovada ela terá vigência a partir de 1º de janeiro de 2009 e não incidiria sobre aposentadorias, pensões e salários dos trabalhadores registrados até o valor de R$ 3.080.


Fonte: Assessoria
Categorias do Technorati , , , , , ,

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FAX SINDICAL - COOPERATIVAS E HOSPITAIS QUEREM ABOLIR DIREITOS TRABALHISTAS.

COOPERATIVAS DE TRABALHO E DONOS DE HOSPITAIS QUEREM FLEXIBILIZAR DIREITOS DO TRABALHADORES E TIRAR AO MÉDICO O DIREITO DA CARTEIRA ASSINADA. PROJETO DO TUCANO MINEIRO JOSÉ RAFAEL GUERRA ATACA OS DIREITOS DE OUTRAS CATEGORIAS NA ÁREA DA SAÚDE. A crise econômica americana foi a queda do muro de Berlim do neoliberalismo. Mas algumas idéias neoliberais, sobreviventes da era FHC, persistem em insistir. Uma delas é a flexibilização dos direitos do trabalhador, tão duramente conquistados. (Esta matéria está em http://faxsindical.wordpress.com/2008/09/30/cooperativas-e-hospitais-querem-abolir-direitos-trabalhistas/#more-760 ). O médico não pode fazer plantões, trabalhar 24 horas ou mais em um hospital, sem ter um vínculo empregatício com a empresa que necessita de seus serviços. Essa situação, levaria à terceirização e acabaria prejudicando outras categorias profissionais, para as quais os donos dos negócios sentiriam mais à vontade para recorrer ao expediente da terceirização indevida. Es...

O que a mídia não mostrou: a verdadeira situação da Unidade Básica de Saúde inaugurada pela Ministra da Saúde em Juiz de Fora

  ISSO A MÍDIA NÃO MOSTRA MGTV: MATÉRIA SOBRE UNIDADE DE SAÚDE DO JÓQUEI CLUBE 1 NÃO FOI FIEL À REALIDADE No último dia 12 de julho (2024) tivemos o desgosto de ver no MGTV 1ª edição, da TV Integração, afiliada da Rede Globo de Televisão, uma matéria que pouco fica a dever às técnicas dos fabricantes de fake news. Faltou ouvir as partes envolvidas. Noticiário parcial e faccioso. As UBSs não tem direção clínica ou direção técnica responsável, ficando as escalas sob a responsabilidade do gerente da DDAS da Secretaria de Saúde, Sr. Robert Neylor. Cobraram o secretário de Saúde, que tem responsabilidade solidária, mas o Sr. Neylor não foi ouvido e nem questionado. Mostra-se que, historicamente, a prefeitura de Juiz de Fora está inadimplente no cumprimento de normas estabelecidas pela autarquia pública federal responsável pela normatização e fiscalização de serviços médicos, o CFM, determina que: desde outubro de 2016, “a assistência médica e a garantia de condições técnicas para o aten...

DESVALORIZAÇÃO DA SAÚDE - SALÁRIO DE MISÉRIA DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO PODE CAUSAR PARALISAÇÃO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS.

Desvalorização da Saúde: Salário Médico no serviço público já não está mais valendo a pena. Há pedidos de demissão e desinteresse por concursos e contratos. Pronto Socorro é serviço essencial. Mas o salário não é de serviço essencial. Em várias cidades os serviços essenciais vão ficando comprometidos por falta de médicos. Os usuários do SUS estão sendo visivelmente prejudicados por falta de valorização do trabalho médico. É hora de mobilizar e reagir. Leia as matérias abaixo: A valorização dos médicos A Prefeitura de São Paulo enviará à Câmara Municipal um pacote de medidas destinadas a atrair e reter profissionais da saúde nas unidades da rede pública municipal, para eliminar um déficit de pessoal que já dura pelo menos dez anos. Remuneração compatível com a do mercado, avaliação de desempenho, cumprimento de metas e plano de carreira são alguns dos itens que deverão compor a proposta que a Secretaria da Saúde quer ver aprovada até março. A iniciativa poderá benefi...