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Sindicato dos Médicos de São Paulo protesta contra falta de segurança do trabalho em instituições de saúde.

Em um hospital público de São Paulo, um comando de homens armados invadi a unidade, foi até a UTI e executou um paciente. Mais uma vez a segurança dos profissionais de Saúde é colocada em questão, ao lado da remuneração precária e das condições ruins de trabalho. Recentemente, a queda de um elevador em um hospital do interior paulista e um incêndio no Hospital das Clínicas da USP demonstraram que a improvisação e a falta de condições de segurança do trabalho são um problema sério para médicos, demais profissionais e usuários de serviços de saúde.

Execução em UTI faz sindicato dos médicos cobrar mais segurança - O Globo Online
Execução em UTI faz sindicato dos médicos cobrar mais segurança

Plantão | Publicada em 02/06/2008 às 17h24m
O Globo Online

SÃO PAULO - O Sindicato dos Médicos de São Paulo divulgou nota, na tarde desta segunda-feira, cobrando mais segurança nos hospitais. Nesta madrugada, um homem de 29 anos, que estava na UTI do Hospital Municipal de Cidade Tiradentes, na zona leste da capital, foi morto a tiros. A vítima havia sobrevivido depois de ser baleada por seis vezes, na madrugada de sábado. O homem foi encontrado no porta-malas de um carro, na zona leste, e encaminhado para o hospital, onde passou por cirurgia. Nesta madrugada, o hospital foi invadido e os funcionários feitos reféns durante o ataque.

Em nota, o presidente do sindicato se diz perplexo com a violência.

- Não somos especialistas no assunto, mas cobramos um policiamento mais ostensivo nestes centros de atendimentos, com, no mínimo, um policial por turno. Se tivesse algum militar de plantão, com certeza isso não isso teria acontecido - afirma o médico Cid Carvalhaes.

Segundo o sindicato, o Hospital Cidade Tiradentes, inaugurado há quase um ano, "foi anunciado pelas autoridades como modelo se comparado aos demais hospitais da cidade".

- Isso mostra que o município, aliado ao governo, ainda deixa transparecer grande insegurança em relação ao atendimento clínico, tanto para os usuários quanto para os médicos - afirmou Carvalhes, acrescentando que vai acionar o município para que melhores condições de segurança sejam adotadas.

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