quarta-feira, 25 de junho de 2008

SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE ESPÍRITO DE HERODES PRESENTE NO SUS.

Está na Folha Online - Cotidiano - Médicos recriminaram condições de maternidade em Belém; 12 bebês morreram - 24/06/2008 - médicos denunciam deficiências do serviço.
24/06/2008 - 23h09
Médicos recriminaram condições de maternidade em Belém; 12 bebês morreram
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JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha, em Belém

Relatório produzido há oito meses pelos pediatras da Santa Casa de Misericórdia de Belém (PA), onde 12 bebês recém-nascidos morreram no último fim de semana, havia alertado as autoridades estaduais sobre problemas causados pela superlotação da maternidade da instituição. As mortes ocorreram na UTI neonatal do hospital, entre a última sexta-feira (20) e o domingo (22).

O governo do Pará --responsável pelo hospital-- e a gerência de pediatria da Santa Casa negam relação entre as mortes e os problemas descritos no relatório, e afirmam que o alto número de óbitos se deve "ao acaso" e à falta de "atenção básica" às grávidas antes do parto.

Benedito Maués, coordenador de pediatria do hospital, negou que tenha faltado equipamentos ou atenção aos bebês. "Foi uma ocorrência desastrosa, uma concentração de fatos", disse.

Relatório

O relatório, de 23 de outubro de 2007, aponta que "várias contingências internas e externas" vinham extrapolando a "capacidade de atuação" dos médicos, e cita perda de qualidade do serviço na maternidade, com pacientes "literalmente amontoados".

"A infra-estrutura não comporta as necessidades da clientela, existe falta freqüente de material, como incubadoras para alojar prematuros e [bebês] de baixo peso, falta de monitores [...], de aparelho de dosar glicemia, mantas e lençóis."

Em outro ponto, o relatório cita casos em que recém-nascidos prematuros e de baixo peso ficavam no berçário "sem monitoramento suficiente".

Entre os bebês mortos no final de semana, sete tinham nascido antes dos nove meses de gestação e apresentaram problemas como de infecção generalizada e três apresentaram má formação.

O relatório foi encaminhado à época pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) à direção do hospital e à Secretaria da Saúde do Estado. Hoje o Ministério Público Federal no Pará, que já investiga a situação na maternidade, pediu esclarecimentos sobre as mortes.

A reportagem solicitou entrevista com a secretária da Saúde do Estado, Laura Rosseti, mas não havia obtido resposta até a conclusão desta edição.

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