sábado, 24 de maio de 2008

DESMANTELAMENTO DE ESCALAS DE PLANTÃO LEVAM CHEFES DE SERVIÇOS HOSPITALARES A PEDIREM DEMISSÃO EM MASSA.

Chefes de unidades hospitalares no Distrito Federal pedem demissão em massa devido a mudanças na política de recursos humanos do Governo do Distrito Federal referentes aos plantões médicos. Uma das jogadas contra os doutores foi a limitação das horas extras e a obrigação de plantões contínuos de 12 horas. Leia a notícia na transcrição abaixo ou no


Correio Braziliense


Chefes de unidades do Hospital Regional de Sobradinho pedem demissão

 


Cecília de Castro - Correio Braziliense.com.br



Publicação: 21/05/2008 21:28     Atualização: 23/05/2008 16:32 Dez chefes de unidades médicas do Hospital Regional de Sobradinho (HRS) pediram demissão coletiva dos cargos nesta quarta-feira. Eles entregaram a carta de afastamento ao diretor geral do HRS, Carlos Augusto Nasciutti Veloso nesta tarde. Os chefes de unidades estão insatisfeitos com o corte de 30% das horas-extras, a diminuição do plantão de 18h para 12 horas ininterruptas e a proibição dos médicos em cargos de chefia terem de cumprir horas-extras.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMed-DF), César Galvão, afirma que o corte determinado pela Secretaria de Saúde afetou os plantões na emergência dos hospitais do DF . “A decisão prejudicou o fechamento das escalas de plantão. Está impossível escalar os médicos sem que haja buracos. A redução no plantão afetou em quase 90% os níveis de emergência do Pronto-Socorro do HRS ”, afirma. Galvão disse ainda que os chefes de unidades teriam sugerido à Secretaria a contratação de novos médicos. “Existe um banco de profissionais que passaram no último concurso e que aguardam serem chamados”, alega.

No entanto, o subsecretário de Atenção à Saúde, João Luiz Arantes, rebateu as afirmações da categoria. Segundo ele, antes de anunciar a redução – ocorrida no início deste mês – os diretores de todos os hospitais regionais do DF foram consultados. “Chamei diretor por diretor antes de o governo assinar o decreto (publicado em 8 de maio) e cortamos juntos as horas-extras, sem que houvesse prejuízo no atendimento de emergência”, garante.

Arantes também alega que nem todos os hospitais tiveram cortes. “Cortamos onde dava para cortar. No Recanto das Emas, no Hospital de Apoio e em Ceilandia não tivemos cortes de horas-extras e plantão”, justifica. Para o subsecretário, a repercussão é pequena. “Em Sobradinho temos 380 médicos e cerca de 10 ocupam cargos de chefia. Ou seja, a insatisfação é de poucos”, critica.

De acordo com o subsecretário, a medida de redução foi de iniciativa da Procuradoria-Geral do DF, que proibiu as horas-extras dos cargos de chefia por entender que estes já recebiam uma gratificação nos salários. Arantes também garantiu que a população não sofrerá nenhum prejuízo nos atendimentos, principalmente, os de emergência.

Os chefes de unidades só poderão deixar a função após publicação no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Os de Sobradinho ocupam as áreas de ortopedia e traumatologia, anestesiologia, emergência, ginecologia e obstetrícia, neonatologia, clínica médica, cirurgia geral, terapia intensiva, nefrologia e pediatria.

As medidas de contenção de despesa do GDF também afetaram os médicos de Taguatinga. Há alguns dias, quatro chefes de unidade do hospital também pediram demissão: os chefes da cardiologia, clínica médica, ortopedia e UTI pediátrica, além do chefe do Banco de Leite e o gerente do Centro de Saúde nº 8.

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