É grave a insatisfação dos médicos de Minas Gerais. Em Ribeirão das Neves, o Sinmed-MG anuncia que os médicos do município organizaram uma pauta para discutir com a Secretaria de Saúde. Leia a notícia.
07/05/2008
Médicos de Ribeirão das Neves definem pauta do encontro com Secretária de Saúde
Os médicos de Ribeirão das Neves se reuniram ontem (6), em reunião de caráter regular, para discutir e formatar uma nova proposta de reivindicações que será apresentada à Secretaria de Saúde do Município ainda neste mês. As solicitações da categoria, enviadas oficialmente aos gestores públicos em 31 de março, continuam as mesmas. No entanto, ficou decidido que dois pontos da pauta precisam de mais atenção: a questão do número de pacientes atendidos por hora de trabalho nas especialidades e o adicional de 30% para os médicos que cumprem jornada de 12 horas.
De acordo com os servidores, a Prefeitura de Ribeirão das Neves exige hoje que um médico especialista atenda 44 pacientes em apenas 12 horas de trabalho. O que daria, em média, de 3 a 4 pacientes por hora. “Como um otorrinolaringologista vai atender quatro pacientes em um espaço de tempo tão pequeno?”, questiona um dos presentes. Para tentar solucionar o problema, o Sinmed-MG irá realizar uma pesquisa com as sociedades de especialidades na qual constará sugestão de cada uma para o número adequado de atendimentos/hora. O documento será encaminhado à secretária de Saúde, Maria de Lourdes Menezes, para análise.O ideal, de acordo com a maioria dos médicos que compareceram à reunião, é que esse número passe para 36 ou 34, otimizando assim os atendimentos e oferecendo um serviço de mais qualidade aos pacientes.
O adicional de 30% para as 12 horas de trabalho é o segundo ponto de destaque da pauta de reivindicações. Os médicos querem discutir com os gestores o por que da negativa em oferecer o percentual em dobro para quem cumpre a jornada de 24 horas.
A conquista do reajuste de 6% para os médicos de Ribeirão das Neves não é suficiente, a cidade continua com uma enorme carência de médicos. Entretanto, a questão, segundo eles, não é só o baixo salário, cerca de 30% a menos que o valor pago em Belo Horizonte, mas a falta de infra-estrutura das unidades de atendimento. Foi decidido que os médicos farão um levantamento de todo o material que está em falta nestas unidades, bem como a defasagem de equipamentos nos locais.
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