quinta-feira, 1 de maio de 2008

SINDICATO SAÚDA PRIMEIRO DE MAIO E PEDE UNIÃO E SERENIDADE AOS DIRIGENTES SINDICAIS, NESSE MOMENTO DE CRISE MORAL EM JUIZ DE FORA.

MENSAGEM DE PRIMEIRO DE MAIO.


Crise na moralidade no trato com a coisa pública em Juiz de Fora é a marca indelével desse Primeiro de Maio. A todos os trabalhadores do serviço público municipal cabe manter a serenidade, a unidade, a defesa intransigente da ética da política e da moralidade de todos os atores políticos. O momento é crítico e os dias serão difíceis, pelo clima que se criou na administração municipal que está findando.

O nosso Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais, já com vinte anos de lutas em defesa da categoria profissional é uma representação classista legítima, legal e representativa dos médicos, que são profissionais liberais que atuam como trabalhadores autônomos ou com vínculo empregatício regular nos setores público e privado. Portanto uma categoria representativa que tem ampla inserção na vida política, econômica e social de nossa comunidade. Somos trabalhadores intelectualizados e cidadãos que vemos os problemas da cidade até por força da natureza da nossa ocupação.

Fazemos essa saudação ao Primeiro de Maio, dia internacional do Trabalho, uma data marcada por lutas e por uma história digna de todo respeito e consideração. Em Juiz de Fora, não podemos deixar de lembrar que essa data está marcada por profunda dor moral, decorrente de eventos recentes relacionados à prisão do chefe do Executivo Municipal. Como todo sabe o Prefeito Carlos Alberto Bejani foi detido por policiais federais em sua residência em decorrência de uma operação envolvendo fraude no FPM – Fundo de Participação dos Municípios. O titular da Prefeitura envolveu-se nessa questão por ter contratado, sem licitação, o escritório TCQ de Belo Horizonte, que, segundo apurações feitas por longos meses pela Polícia Federal, tinha um esquema de subornos para funcionários do Judiciário Federal, envolvendo até mesmo um magistrado. Tratava-se de obter, por esses meios pouco dignos, a liberação de verbas retidas em virtude de contenciosos entre Prefeituras e o INSS. Além disso, foi encontrada na mansão onde reside o Prefeito uma fortuna em dinheiro e armamento de uso privativo das Forças Armadas. Esses são os fatos.

Até a presente data o Prefeito não explicou a origem da fortuna apreendida em sua moradia. Essa demora forma, cada vez mais, convicção subjetiva nas autoridades e na opinião pública, sobre a origem duvidosa desses milionários recursos. Haja vista que se fosse justificável a sua posse, o mandatário municipal poderia tê-lo declarado no primeiro momento. Isso é uma regra de pensamento imposta pelo simples bom senso.

A pauta de reivindicações apresentada à Prefeitura de Juiz de Fora pelo Sindicato dos Médicos não foi, até o momento atendida em um item sequer. Isso, ao lado das dificuldades nas relações de trabalho e na política de recursos humanos para a Saúde do atual Prefeito, não nos torna satisfeitos em relação aos rumos da administração atual em relação às políticas públicas de Saúde e ao trabalho médico no âmbito do SUS em Juiz de Fora.

Um dos itens dessa pauta referia-se ao tratamento discriminatório dado aos trabalhadores de postos de saúde, que nos pontos facultativos concedidos a todo funcionalismo estão tendo a obrigação de trabalhar. Esse tratamento, que pode ser rotulado de DISCRIMINATÓRIO, é dado sem qualquer compensação aos trabalhadores. Entende-se o gestor que esse trabalho durante o ponto facultativo vai melhorar o SUS em Juiz de Fora, que se estabeleça então uma forma de compensação para os trabalhadores. Caso contrário, a medida é opressiva. A par disso, não atende a Secretaria de Saúde normas regulamentadoras do exercício da Medicina, não estabelecendo, na área de atenção básica, Comissões de Ética e Diretorias Clínicas, conforme as normas em vigor para esses serviços. Disso resulta uma prestação de serviços de qualidade inferior, por não cumprir a sua normatização própria.

Nessa situação crítica, de ameaça à moralidade no trato com a coisa pública e crise nas relações de trabalho, sugerimos aos colegas que atuam em UBS que não se apresentem nos seus locais de trabalho durante os pontos facultativos, até que a atual administração municipal negocie com o Sindicato essa questão. Vamos nos unir e nos fortalecer em meio à crise.
Aos nossos companheiros sindicalistas que representam servidores públicos municipais, pedimos união, serenidade e espírito de luta, nesse momento crítico. Porque a nossa unidade na luta é também muito importante. E a defesa da ética na política e da moralidade no trato com os negócios públicos são pontos fundamentais que o sindicalismo deve apresentar diante da sociedade civil e da comunidade.

VIVA O PRIMEIRO DE MAIO!
TODO APOIO À LUTA DOS TRABALHADORES DA PJF!
ATÉ A VITÓRIA, SEMPRE!

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