É o que denuncia o site da CUT: Práticas anti-sindicais se multiplicam.
As denúncias referem-se à Companhia do Vale do Rio Doce, uma das maiores mineradoras do mundo privatizadas a preço de banana no Governo FHC. Tudo em nome do neoliberalismo então triunfante.
Rede de trabalhadores da Vale debate a atuação abusiva da empresa
Publicado: 07/05/2008 - 10:34 Por: Fernanda Sant'Clair-SRI/CUT Encontro reuniu sindicalistas de vários ramos ligados à companhia multinacional de origem brasileira Trabalhadores da Vale reunidos na sede da CUT, em SP A Central Única dos Trabalhadores, com seu projeto "CUTMulti - Ação Frente às Multinacionais", realizou nesta terça-feira (6) em sua sede, um encontro com os sindicatos que representam os empregados da multinacional brasileira Vale. Na pauta da reunião, figuraram assuntos pertinentes ao funcionamento organizacional da Rede Sindical dos Trabalhadores e futuras atividades comuns para combater as ações exploratórias da Vale no Brasil e nos demais países onde atua. Os sindicatos cutistas e os filiados à Conlutas, à CTB e os independentes, de vários ramos relacionados à companhia no Brasil, como mineiros, metalúrgicos, ferroviários, eletricistas e outros, indicaram os representantes que farão parte da coordenação da rede e também definiram as ações prioritárias do grupo. O secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Valter Sanches, apóia ações promovidas pelo "CUTMulti". "A Vale é uma das maiores empresas do mundo. Não podemos deixar que os trabalhadores não participem ativamente de todos os processos pelos quais passa uma multinacional deste porte. É por isso que torna-se imprescindível a formação de uma rede de trabalhadores e as ações sindicais em conjunto dos vários ramos que a Vale agrega, entre eles, o metalúrgico", afirmou. Além da unificação da campanha salarial, questões como participação nos lucros e resultados (PLR), redução da jornada de trabalho para seis horas diárias, segurança e saúde do trabalhador, degradação do meio-ambiente, combate à terceirização de mão-de-obra, problemas com a eleição de representantes no local de trabalho e outras práticas anti-sindicais adotadas pela empresa comporão a plataforma de luta da rede. De acordo com o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antonio Felicio, a iniciativa de unir os sindicatos não só fortalece a luta pelos direitos dos trabalhadores, mas também proporciona uma série de benefícios à sociedade em geral, que sofre com os abusos da empresa nas áreas sociais e ambientais. "A população precisa saber o que a Vale faz com seus funcionários e com as regiões onde atua", alertou. Diversas denúncias de abusos por parte da empresa também foram narradas pelos sindicalistas presentes, como, por exemplo, o alto índice de atropelamento na ferrovia da empresa no estado do Maranhão e a estipulação de um reajuste salarial de 6% válido por dois anos. Essas e outras revelações sobre a empresa mais rentável do mundo, segundo dados da consultoria americana The Boston Consult Group entre as companhias com capital acima de 50 bilhões de dólares, faz com que trabalhadores e seus representantes sindicais temam que tal rentabilidade apenas consiga perdurar com a utilização de práticas exploratórias ao meio-ambiente e à sociedade, já que VALE não é uma empresa auto-sustentável. A Rede Nacional de Trabalhadores é o primeiro passo para a criação de uma rede internacional de funcionários da Vale, que está presente em outros 26 países. Uma nova reunião será realizada nos dias 3 e 4 de junho, quando a coordenação da rede apresentará as propostas discutidas em cada sindicato e criará uma proposta de PLR unificada. Sobre o CUTMulti "Ação frente às Multinacionais" Projeto de cooperação entre a CUT e a central sindical holandesa FNV, o CUTMulti iniciou suas atividades em 2001 para incentivar a criação de redes sindicais em empresas multinacionais. Ratificado como uma das estratégias da CUT no 9º Congresso Nacional da Central, o projeto já conta com 25 redes constituídas, entre elas as formadas por trabalhadores da Basf, Ambev, Gerdau, Bayer, Arcelor, Akzo Nobel, Carrefour, Novartis, entre outras.
Encontro reuniu sindicalistas de vários ramos ligados à companhia multinacional de origem brasileira
Trabalhadores da Vale reunidos na sede da CUT, em SP A Central Única dos Trabalhadores, com seu projeto "CUTMulti - Ação Frente às Multinacionais", realizou nesta terça-feira (6) em sua sede, um encontro com os sindicatos que representam os empregados da multinacional brasileira Vale. Na pauta da reunião, figuraram assuntos pertinentes ao funcionamento organizacional da Rede Sindical dos Trabalhadores e futuras atividades comuns para combater as ações exploratórias da Vale no Brasil e nos demais países onde atua.
Os sindicatos cutistas e os filiados à Conlutas, à CTB e os independentes, de vários ramos relacionados à companhia no Brasil, como mineiros, metalúrgicos, ferroviários, eletricistas e outros, indicaram os representantes que farão parte da coordenação da rede e também definiram as ações prioritárias do grupo.
O secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Valter Sanches, apóia ações promovidas pelo "CUTMulti". "A Vale é uma das maiores empresas do mundo. Não podemos deixar que os trabalhadores não participem ativamente de todos os processos pelos quais passa uma multinacional deste porte. É por isso que torna-se imprescindível a formação de uma rede de trabalhadores e as ações sindicais em conjunto dos vários ramos que a Vale agrega, entre eles, o metalúrgico", afirmou.
Além da unificação da campanha salarial, questões como participação nos lucros e resultados (PLR), redução da jornada de trabalho para seis horas diárias, segurança e saúde do trabalhador, degradação do meio-ambiente, combate à terceirização de mão-de-obra, problemas com a eleição de representantes no local de trabalho e outras práticas anti-sindicais adotadas pela empresa comporão a plataforma de luta da rede.
De acordo com o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antonio Felicio, a iniciativa de unir os sindicatos não só fortalece a luta pelos direitos dos trabalhadores, mas também proporciona uma série de benefícios à sociedade em geral, que sofre com os abusos da empresa nas áreas sociais e ambientais. "A população precisa saber o que a Vale faz com seus funcionários e com as regiões onde atua", alertou.
Diversas denúncias de abusos por parte da empresa também foram narradas pelos sindicalistas presentes, como, por exemplo, o alto índice de atropelamento na ferrovia da empresa no estado do Maranhão e a estipulação de um reajuste salarial de 6% válido por dois anos. Essas e outras revelações sobre a empresa mais rentável do mundo, segundo dados da consultoria americana The Boston Consult Group entre as companhias com capital acima de 50 bilhões de dólares, faz com que trabalhadores e seus representantes sindicais temam que tal rentabilidade apenas consiga perdurar com a utilização de práticas exploratórias ao meio-ambiente e à sociedade, já que VALE não é uma empresa auto-sustentável.
A Rede Nacional de Trabalhadores é o primeiro passo para a criação de uma rede internacional de funcionários da Vale, que está presente em outros 26 países. Uma nova reunião será realizada nos dias 3 e 4 de junho, quando a coordenação da rede apresentará as propostas discutidas em cada sindicato e criará uma proposta de PLR unificada.
Sobre o CUTMulti "Ação frente às Multinacionais"
Projeto de cooperação entre a CUT e a central sindical holandesa FNV, o CUTMulti iniciou suas atividades em 2001 para incentivar a criação de redes sindicais em empresas multinacionais. Ratificado como uma das estratégias da CUT no 9º Congresso Nacional da Central, o projeto já conta com 25 redes constituídas, entre elas as formadas por trabalhadores da Basf, Ambev, Gerdau, Bayer, Arcelor, Akzo Nobel, Carrefour, Novartis, entre outras.
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NOTA DE REPUDIO A CONTAX, POR DEMISSÃO INDEVIDA DE INTEGRANTE DO SINDICATO DE TELEMARKETING DO ESTADO DA BAHIA.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telemarketing do Estado da Bahia vem a público comunicar e denunciar que repudia a forma veemente contraria aos princípios de demissão arbitrária e ilegal do membro Presidente do Sindicato do SINTET e colaborador da empresa TNL CONTAX S/A, senhor Eduardo Santos França Junior. Não respeitado os princípios sindicais é desligado por mais uma vez em pleno mandato de representação da categoria. A demissão afronta o inciso 8º do artigo 8º da Constituição Federal e o artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que impedem as empresas de demitir funcionários integrantes de direção sindical. Empregado da empresa TNL CONTAX S/A, desde 2001 o operador de telemarketing já foi vítima de perseguição política e conduta anti-sindical, prática comum na filial Bahia, que discrimina diversos trabalhadores simpatizantes do SINTET e inclusive sem estabilidade provisória, estas informações chegam a nos, através de denuncias por parte dos próprios trabalhadores desta empresa, o que constitui flagrante ataque à liberdade. Demitir empregados por perseguição política ao sindicato constitui crime condenado por leis internacionais de proteção ao trabalho e ato de extrema violência contra a livre organização dos trabalhadores. A atitude descabida da direção da empresa só depõe contra a imagem da CONTAX S/A, já abalada pelos seus antecedentes de desrespeito aos trabalhadores, ao ponto de ser convocada para deliberar sobre varias ações no Ministério do Trabalho e Ministério Público, por conta de uma série de desrespeitos às convenções 98 e 154 da OIT, que garantem a liberdade de organização sindical. Diante do exposto, encaminharemos solicitação de apoio as Federações, sindicatos e principalmente a toda categoria para coibir perseguição e exigir a imediata reintegração do companheiro Eduardo Santos França Junior. Para isso, usaremos de todos os meios legais possíveis no sentido de reverter às conseqüências de mais um ataque de um Grupo contra o movimento sindical do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telemarketing do Estado da Bahia, que merece o amplo repúdio e indignação de toda a categoria.