Pular para o conteúdo principal

OPOSIÇÃO RESISTE A NOVO IMPOSTO.

FENAM:::Federação Nacional dos Médicos

EC 29: oposição deve obstruir pauta para derrubar CSS



A Câmara dos Deputados pode definir, nesta quarta-feira, 28/05, o destino orçamentário da saúde. Mantida na pauta do Plenário, a votação da regulamentação da Emenda 29 (PLP 306/08) será, no entanto, uma verdadeira queda-de-braço entre governistas e oposição.
     
     A matéria já entra na pauta sob ameaça de obstrução. Sem chegar a um acordo, a oposição garantiu que, se o governo apresentar o substitutivo ao texto aprovado pelo Senado, criando a Contribuição Social para a Saúde (CSS) – nome da “nova CPMF” -, vai obstruir a pauta e tentar derrubar o texto. Ainda assim, os parlamentares não arriscam um palpite sobre o resultado da discussão de hoje. Para aprovar qualquer uma das propostas, serão necessários 257 votos – metade do número de deputados mais um – e governistas e oposicionistas acreditam que têm a quantidade suficiente de votos.
     
     Por um lado, a Frente Parlamentar de Saúde (FPS) conta também com o apoio de deputados da base e com a pressão social que deve ser intensificada com a presença de representantes de entidades médicas, hospitalares e religiosas, entre outras, nos corredores da Câmara. Por outro lado, o governo goza de um poder de pressão maior sobre os partidos aliados que, apesar de ainda não terem fechado questão, devem orientar as bancadas a votarem com o governo.
     
     Além disso, os deputados da bancada de saúde, especialmente os peemedebistas, chegaram a admitir, durante a reunião da FPS, na tarde desta terça-feira, 27, que se no final das contas perceberem que vão perder a briga, vão ceder e votar a CSS, sob o argumento de que “pelo menos a saúde não ficará sem recursos”.
     
     Para apresentar a proposta de criação da CSS, dois possíveis nomes estão cotados: Pedro Eugênio (PT-PE) e Guilherme Menezes (PT-BA). O primeiro responde pela relatoria do PL 306/2008 na Comissão de Finanças e o segundo é indicação do líder do governo no Congresso, deputado Henrique Fontana. Menezes é o mesmo que protagonizou como relator a matéria na primeira votação na Câmara, no ano passado, quando a CPMF foi atrelada à EC 29.
     
     A bancada de saúde vai argumentar que o Senado, incluindo os parlamentares da base governista, foi favorável ao texto que chegou à Câmara, tendo aprovado a matéria duas vezes por unanimidade. O presidente da FPS, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), lembrou, ainda, que o investimento de estados e municípios tem como base a receita bruta. “Quer dizer que para estados e municípios a receita bruta vale, mas para a União a mesma base não pode ser fonte?”, questionou.
     
     Os manifestantes do Movimento Pró-EC 29 começaram a mobilização esta manhã. A expectativa é de que as visitas aos gabinetes sejam suficientes para angariar mais votos. Algumas entidades, como as Santas Casas, já se adiantaram e começaram o "tour" pela Câmara no fim da tarde de ontem. Mesmo assim, sem a certeza do resultado final, as entidades acreditam que é melhor “começar a rezar”.
     

Fonte: 
P & P Saúde Suplementar - 28/05/2008

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FAX SINDICAL - COOPERATIVAS E HOSPITAIS QUEREM ABOLIR DIREITOS TRABALHISTAS.

COOPERATIVAS DE TRABALHO E DONOS DE HOSPITAIS QUEREM FLEXIBILIZAR DIREITOS DO TRABALHADORES E TIRAR AO MÉDICO O DIREITO DA CARTEIRA ASSINADA. PROJETO DO TUCANO MINEIRO JOSÉ RAFAEL GUERRA ATACA OS DIREITOS DE OUTRAS CATEGORIAS NA ÁREA DA SAÚDE. A crise econômica americana foi a queda do muro de Berlim do neoliberalismo. Mas algumas idéias neoliberais, sobreviventes da era FHC, persistem em insistir. Uma delas é a flexibilização dos direitos do trabalhador, tão duramente conquistados. (Esta matéria está em http://faxsindical.wordpress.com/2008/09/30/cooperativas-e-hospitais-querem-abolir-direitos-trabalhistas/#more-760 ). O médico não pode fazer plantões, trabalhar 24 horas ou mais em um hospital, sem ter um vínculo empregatício com a empresa que necessita de seus serviços. Essa situação, levaria à terceirização e acabaria prejudicando outras categorias profissionais, para as quais os donos dos negócios sentiriam mais à vontade para recorrer ao expediente da terceirização indevida. Es...

O que a mídia não mostrou: a verdadeira situação da Unidade Básica de Saúde inaugurada pela Ministra da Saúde em Juiz de Fora

  ISSO A MÍDIA NÃO MOSTRA MGTV: MATÉRIA SOBRE UNIDADE DE SAÚDE DO JÓQUEI CLUBE 1 NÃO FOI FIEL À REALIDADE No último dia 12 de julho (2024) tivemos o desgosto de ver no MGTV 1ª edição, da TV Integração, afiliada da Rede Globo de Televisão, uma matéria que pouco fica a dever às técnicas dos fabricantes de fake news. Faltou ouvir as partes envolvidas. Noticiário parcial e faccioso. As UBSs não tem direção clínica ou direção técnica responsável, ficando as escalas sob a responsabilidade do gerente da DDAS da Secretaria de Saúde, Sr. Robert Neylor. Cobraram o secretário de Saúde, que tem responsabilidade solidária, mas o Sr. Neylor não foi ouvido e nem questionado. Mostra-se que, historicamente, a prefeitura de Juiz de Fora está inadimplente no cumprimento de normas estabelecidas pela autarquia pública federal responsável pela normatização e fiscalização de serviços médicos, o CFM, determina que: desde outubro de 2016, “a assistência médica e a garantia de condições técnicas para o aten...

DESVALORIZAÇÃO DA SAÚDE - SALÁRIO DE MISÉRIA DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO PODE CAUSAR PARALISAÇÃO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS.

Desvalorização da Saúde: Salário Médico no serviço público já não está mais valendo a pena. Há pedidos de demissão e desinteresse por concursos e contratos. Pronto Socorro é serviço essencial. Mas o salário não é de serviço essencial. Em várias cidades os serviços essenciais vão ficando comprometidos por falta de médicos. Os usuários do SUS estão sendo visivelmente prejudicados por falta de valorização do trabalho médico. É hora de mobilizar e reagir. Leia as matérias abaixo: A valorização dos médicos A Prefeitura de São Paulo enviará à Câmara Municipal um pacote de medidas destinadas a atrair e reter profissionais da saúde nas unidades da rede pública municipal, para eliminar um déficit de pessoal que já dura pelo menos dez anos. Remuneração compatível com a do mercado, avaliação de desempenho, cumprimento de metas e plano de carreira são alguns dos itens que deverão compor a proposta que a Secretaria da Saúde quer ver aprovada até março. A iniciativa poderá benefi...