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Cremerj aponta superlotação e precariedade em hospitais do Rio

O CREMERJ, cumprindo seu legítimo dever, aponta, mais uma vez, as condições precárias e a superlotação dos hospitais do Rio. O resultado do sucateamento de unidades de saúde é o número elevado de mortes em mais essa epidemia de dengue. A Secretaria de Saúde do município resiste em dizer que a epidemia. O Prefeito César Maia desconhece. O Governo estadual admite a epidemia. O Governo Federal montou um gabinete de crise. Mas o acúmulo dos problemas e o estado atual dos negócios da saúde pública no Rio de Janeiro facilitaram, e muito, o mosquito da dengue e sua ação.



Cremerj aponta superlotação e precariedade em hospitais do Rio - BOL Notícias


26/03/2008 - 19h00


Cremerj aponta superlotação e precariedade em hospitais do Rio

UOL Links PatrocinadosCompre Seu Celular desbloqueado pelo menor preço do mercado e em até 12x sem juros! www.AquiCelular.com.br 11 Milhões na Mega-Sena! Já fizemos a quina este mês. Incrível! Não perca, aposte já! www.LoteriaBrasil.com.br Quatro de cinco dos principais hospitais públicos do Rio sofrem com superlotação, de acordo com levantamento feito pelo Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) e apresentado nesta quarta-feira. O estudo traz resultados de vistorias feitas nas duas últimas semanas por médicos do conselho nos hospitais municipais Lourenço Jorge (Barra, zona oeste) e Souza Aguiar (centro) e estaduais Getúlio Vargas (Penha, zona norte), Pedro 2º (Santa Cruz, zona oeste) e Rocha Faria (Campo Grande, zona oeste).

No levantamento, os médicos afirmam que há superlotação nos hospitais Getúlio Vargas, Lourenço Jorge, Pedro 2º e Souza Aguiar. Dizem ter encontrado filas de até cinco horas no Lourenço Jorge e falta de pediatras no Rocha Faria. Cerca de mil pacientes com suspeita de dengue chegavam por dia nos hospitais Getúlio Vargas e Souza Aguiar, segundo o documento.

Os integrantes do Cremerj registraram também condições precárias de trabalho nas unidades. "Os médicos estão sem água para beber. Os pacientes têm que sair das unidades se quiserem comer alguma coisa", disse a presidente da Cremerj, Márcia Rosa de Araujo, durante encontro do conselho para discutir a epidemia de dengue com médicos do Rio.

O Cremerj também apresentou, na ocasião, uma lista de reivindicações da classe no Rio, entregue aos governos municipais, estaduais e federal. Nela, o conselho pede contratação imediata --e não só temporária, como a convocação de 661 profissionais anunciada esta semana pelo Ministério da Saúde-- de mais médicos para a rede pública e reforço na segurança de médicos e equipes dos plantões de hospitais e postos de saúde em áreas de risco.

"Sem mais médicos não haverá controle da dengue", declarou a presidente do conselho, que fez críticas à baixa abrangência do programa de saúde de família no Rio. Procurada desde a tarde de terça-feira (25) pela Folha Online, a Secretaria Municipal de Saúde ainda não deu esclarecimentos sobre o programa.

Ex-secretário municipal de Saúde de Niterói (município da região metropolitana a cerca de 15 km do Rio e que não apresenta quadro de epidemia) o deputado federal Chico D"Angelo (PT), afirmou que o município do Rio fez "uma aposta equivocada" na gestão de saúde, em referência ao saúde de família e à suposta falta de atendimento primário no Rio.

"Em Niterói tem dengue, mas as pessoas são atendidas em policlínicas, postos de saúde, unidades intermediárias. O município do Rio fez uma aposta equivocada", declarou D"Angelo, que foi secretário de Saúde de Niterói entre 2002 e 2006.

De acordo com o último balanço da Secretaria Municipal de Saúde de Niterói, o município tem 902 casos notificados e 43 confirmados de dengue este ano. Nenhuma morte pela doença foi registrada.

As secretarias de Saúde do município e do Estado do Rio ainda não se manifestaram sobre o levantamento do Cremerj.

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