terça-feira, 25 de março de 2008

RIO DE JANEIRO, BRASIL. ALÉM DA DENGUE HEMORRÁGICA A TUBERCULOSE ESTÁ POSITIVA E OPERANTE.

NÃO É SÓ A DENGUE! A forma com que os nossos governantes (independente de partidos, esferas de governo ou em que poder exerçam seus cargos) tem tratado a Saúde no Brasil não é das mais felizes. Apesar das pesquisas de opinião sobre os problemas mais sentidos pelos eleitores colocarem sempre a Saúde em evidência, a condução dos negócios públicos da Saúde geralmente só é lembrada diante de ocorrências largamente alarmantes, como a atual epidemia de dengue no Rio de Janeiro e todo o cortejo de desgraça e mortes decorrentes da dengue hemorrágica. Dramas silenciosos podem ser facilmente esquecidos. Como o de mães que acorrentam filhos drogados e com alterações graves de comportamento porque não têm acesso a tratamento para eles. Como o dos milhões de tuberculosos do Brasil inteiro. Profissionais da Medicina na área pública aguardam um tratamento mais respeitoso das autoridades. A começar do Sr. Ministro da Saúde.


Está no GLOBO de hoje a notícia que você pode ler clicando no link do jornal ou vendo a transcrição da notícia.


Médicos alertam para o aumento de casos de tuberculose e ensinam como prevenir a doença - O Globo Online



Dia Mundial


Médicos alertam para o aumento de casos de tuberculose e ensinam como prevenir a doença


Publicada em 24/03/2008 às 19h02m

Maria Vianna, especial para O Globo Online

RIO - Erroneamente associada à pobreza e à falta de higiene, a tuberculose é uma doença infecciosa de fácil contágio que vem crescendo no Brasil, principalmente nos estados do Rio de Janeiro e do Amazonas. Só no ano passado, foram diagnosticados 79 mil casos no país, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).


Para a pneumologista Maria Armanda Vieira, do programa de controle da tuberculose do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o aumento de casos de uma doença que estava praticamente erradicada no país se dá por motivos específicos, entre eles a falta de conhecimento e o preconceito. (Leia mais: médicos alertam para o alto índice de tuberculose no Rio de Janeiro)

" A vacina (BCG) é indispensável porque protege contra as formas graves da doença, mas não impede que a pessoa adquira e desenvolva a tuberculose "



- O aumento da densidade demográfica, principalmente em favelas e regiões mais empobrecidas, e um maior número de casos de pessoas com o vírus HIV, que deixa o organismo mais suscetível à bactéria da tuberculose, também são culpados por essa alta incidência - explica a médica.


O Ministério da Saúde lançou hoje, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, uma campanha de esclarecimento estrelada pelo ator Lázaro Ramos. O objetivo do ministério é mostrar que qualquer um pode pegar a bactéria e desenvolver a tuberculose, mas que, com o tratamento adequado, ela tem cura. (Clique aqui e veja o vídeo com o ator)


O pneumologista Luiz Paulo de Loivos, coordenador do serviço de pneumologia do hospital Quinta D'Or, lembra que a vacina BCG, obrigatória para todas as crianças, não deixa ninguém imune a doença, apenas previne as formas mais graves da tuberculose.


- A vacina é indispensável porque protege contra as formas graves da doença e não deixa que ela evolua para um quadro mais sério. Mas ela não impede que a pessoa adquira e desenvolva a tuberculose. É recomendado que as crianças mais velhas e os adolescentes tomem um reforço da vacina - diz o médico.


Porém, é possível entrar em contato com o bacilo da tuberculose e nunca ficar doente. Isto acontece porque nosso corpo acaba desenvolvendo uma série de defesa que impedem a evolução da doença.


- Mas como a pessoa vai estar com a bactéria, em um momento de baixa imunidade, ela pode adoecer. De cada 100 pessoas que se infectam com o bacilo, cinco adoecem nos dois primeiros anos após a infecção e as outras cinco ao longo da vida - diz a pneumologista Maria Armanda.

" Às vezes, a pessoa pode perceber um pouco de sangue no catarro, ter dor na região do tórax e falta de ar "


Principais sintomas podem ser confundidos com os de gripe forte e pneumonia

Tosse persistente e com catarro que piora à noite e dura mais de três semanas é um dos principais sintomas da doença, assim como o cansaço excessivo, a perda apetite (e de peso) acentuada e uma febre baixa e constante no fim do dia.


- Às vezes, a pessoa pode perceber um pouco de sangue no catarro, ter dor na região do tórax e falta de ar. Mas não são todos - diz a pneumologista Maria Armanda Vieira.


O engenheiro Pedro Armando Sá, de 28 anos, demorou quase dois meses para descobrir que estava com a doença.


- Eu não sabia que as pessoas ainda podiam pegar tuberculose, acredita? Fiquei completamente debilitado, perdi quase 15 quilos e, como no início me consultei com o médico apenas pelo telefone, ele achou que eu estava com pneumonia. Minha avó é que desconfiou e me obrigou a fazer um exame. Acabou que tive que me tratar por quase um ano e passei meses me sentindo péssimo por ignorância e preguiça de consultar um especialista - lembra ele.


Apesar de ter tratamento, a tuberculose ainda mata. No Brasil, são cinco mil mortes anuais, a maioria por falta de motivação para manter o tratamento durante o tempo indicado pelo médico. No Rio, um em cada quatro doentes abandona o tratamento no primeiro mês.


- O tratamento da tuberculose pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde. Os remédios são usados por via oral uma vez ao dia. A manutenção do tratamento por seis meses é fundamental, já que o bacilo permanece vivo no organismo mesmo depois de os sintomas terem desaparecido - alerta a especialista.

Cuidados que minimizam o contágio

Evitar a exposição à bactéria é a principal forma de se evitar a doença, mas outras medidas também ajudam a manter a tuberculose longe. O pneumologista do Quinta D'Or enfatiza que o doente, além de procurar o tratamento adequado, deve assumir a responsabilidade de não disseminar o bacilo.


- Em um ano, o doente pode contaminar outras 10 a 15 pessoas. Evitar aglomerações nos primeiros 15 dias da infecção, cobrir a boca sempre que tossir e não abandonar o tratamento são as melhores formas de controlar a epidemia de tuberculose. Quem pára de tomar a medicação antes do tempo, além de ficar doente por mais tempo, acaba espalhando uma bactéria mais resistente para os outros - ressalta Loivos. (Leia mais: bactéria do Rio pode ter maior virulência)

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