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Dengue 'sem controle' expõe frouxidão da saúde no Rio, diz Economist

Saúde Pública no Brasil vira assunto da imprensa internacional.



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Dengue 'sem controle' expõe frouxidão da saúde no Rio, diz Economist









Pacientes aguardam do lado de hora de hospital carioca
Para revista, vitória contra mosquito foi declarada antes do tempo

A revista britânica The Economist publica em sua nova edição uma reportagem sobre os casos de dengue no Rio de Janeiro, onde, segundo a revista, o mosquito e a doença se alastram "sem controle" por causa da lentidão das autoridades em enfrentar uma ameaça conhecida há pelo menos um ano.

A publicação lembra que, até 1980, a dengue era relativamente rara na América Latina e a versão hemorrágica potencialmente fatal ainda menos freqüente porque autoridades de saúde haviam praticamente eliminado o mosquito Aedes aegypti, que transmite tanto a dengue como a febre amarela.


"Mas a vitória foi declarada prematuramente: o compromisso e os recursos desapareceram, enquanto as cidades continuaram a crescer", diz a Economist.


A revista lembra que há um ano "especialistas do ministro da Saúde para baixo" já admitiam o risco de a dengue sair de controle, mas que, desde então, teriam se perdido em um debate vazio sobre se o mosquito da dengue, e portanto a responsabilidade sobre o seu controle, é "municipal, estadual ou federal".


A Economist diz que a gravidade da crise só foi reconhecida no dia 24 de março, quando, com o número de vítimas subindo, "autoridades nacionais e locais convocaram um gabinete de crise".


"Infelizmente, retórica inflamada e burocracia interminável não são sintomas novos da política do corpo-a-corpo brasileira", avalia a revista. "Será preciso mais do que isso para esmagar o mosquito."

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