Pular para o conteúdo principal

UM NOVO PRETEXTO PARA O FRACASSO SANITÁRIO: DOUTORES SÃO INCOMPETENTES PARA DIAGNOSTICAR DENGUE.

O ARGUMENTO DOS SANITARISTAS É QUE EM CAMPO GRANDE HOUVE APENAS DUAS MORTES EM VINTE MIL CASOS DIAGNOSTICADOS.


EMPULHAÇÃO! PROPOSITALMENTE ESQUECEM QUE HÁ VÁRIOS TIPOS DE DENGUE. A HEMORRÁGICA ESTÁ MATANDO AS PESSOAS. A HORA DE CAMPO GRANDE VAI CHEGAR. DR. JORGE DARZE RESPONDE: ESTÃO TENTANDO CULPAR OS MÉDICOS PELO FRACASSO SANITÁRIO. LEIA A MATÉRIA DO ESTADÃO CLICANDO NO LINK OU NA TRANSCRIÇÃO ABAIXO.



Médicos não sabem diagnosticar dengue :: TXT Estado

  Médicos não sabem diagnosticar dengue


Rede privada de atendimento enfrenta as mesmas dificuldades de preparo e estrutura que a pública, e apresenta mesma taxa de letalidade


Alexandre Rodrigues, RIO


As dificuldades dos hospitais públicos do Rio para lidar com as complicações da dengue que podem levar à morte já chegaram à rede privada. Com a epidemia, superlotação, espera, médicos e enfermeiros sobrecarregados e deficiências na infra-estrutura laboratorial são uma realidade compartilhada pelas unidades de emergência destinadas a quem tem plano de saúde ou pode pagar pelo atendimento.

Os hospitais particulares também acompanham os públicos na taxa de letalidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, das 31 mortes confirmadas até sexta-feira, nove ocorreram em unidades privadas, número parecido com o registrado nas redes federal e estadual (oito em cada uma) e na municipal (seis).

Segundo o presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio, José Carlos de Souza Abrahão, a corrida às 120 unidades de emergência particulares da cidade provocou aumento de mais de 50% no número de atendimentos. A maior sobrecarga se dá na pediatria por causa do principal tipo de vírus em circulação, que tem vitimado crianças. Das 48 mortes confirmadas em todo o Estado do Rio, metade é de crianças e adolescentes. Na capital, são 22 crianças mortas de um total de 31 vítimas.

Os pais reclamam da incapacidade dos médicos de fazer o diagnóstico. Eles dizem que as unidades tentam evitar exames e internações que poderiam salvar vidas. Há relatos de crianças que morreram depois de ter a dengue descartada por diagnósticos vagos, como o de “virose”.

Segundo Abrahão, os hospitais particulares estão contratando profissionais e promovendo treinamentos para identificar e lidar com sintomas da dengue. Ele admite sobrecarga, mas nega que o número alto de mortes tenha relação com despreparo ou a qualidade do atendimento.

A situação mais sensível é a dos pediatras, surpreendidos pela concentração do surto entre crianças. Segundo Fátima Goulart Coutinho, presidente da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio, reconhecer a dengue é relativamente simples para pediatras, mas não na velocidade que a epidemia exige. Nos três primeiros dias, não há como precisar o diagnóstico, e a doença se confunde com uma virose.

FALTA DE ESTRUTURA

Para o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, que recorreu ao Ministério Público contra as três esferas de governo pelo descontrole da dengue, interessa aos gestores “justificar na falta de experiência dos médicos a sua incapacidade”. Segundo ele, o problema não é o despreparo dos médicos, que lidam com a dengue há décadas, mas a falta de condições de trabalho.

“Os hospitais particulares também estão lotados. Muitos orientam pacientes que precisam de hidratação a irem para casa e retornarem no dia seguinte, numa internação a prestações. Não é um problema de orientação médica, mas de estrutura. Faltam leitos e laboratórios que façam exames rápidos”, critica Darze.

Para o Ministério da Saúde, o alto número de mortes no Rio tem relação com a baixa qualidade da rede de atenção básica. Em Campo Grande (MS), onde só em janeiro de 2007 houve 20 mil casos - mesmo número que o Rio este ano -, houve só duas mortes.

Inspirado na experiência de Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, disse que pretende capacitar profissionais das redes pública e privada. Nesta semana, o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), que é médico, vai ao Rio falar da experiência da capital, que atingiu bons resultados mobilizando catadores de lixo, promovendo pulverizações e reforçando a rede de atendimento.






   

    Links Patrocinados

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FAX SINDICAL - COOPERATIVAS E HOSPITAIS QUEREM ABOLIR DIREITOS TRABALHISTAS.

COOPERATIVAS DE TRABALHO E DONOS DE HOSPITAIS QUEREM FLEXIBILIZAR DIREITOS DO TRABALHADORES E TIRAR AO MÉDICO O DIREITO DA CARTEIRA ASSINADA. PROJETO DO TUCANO MINEIRO JOSÉ RAFAEL GUERRA ATACA OS DIREITOS DE OUTRAS CATEGORIAS NA ÁREA DA SAÚDE. A crise econômica americana foi a queda do muro de Berlim do neoliberalismo. Mas algumas idéias neoliberais, sobreviventes da era FHC, persistem em insistir. Uma delas é a flexibilização dos direitos do trabalhador, tão duramente conquistados. (Esta matéria está em http://faxsindical.wordpress.com/2008/09/30/cooperativas-e-hospitais-querem-abolir-direitos-trabalhistas/#more-760 ). O médico não pode fazer plantões, trabalhar 24 horas ou mais em um hospital, sem ter um vínculo empregatício com a empresa que necessita de seus serviços. Essa situação, levaria à terceirização e acabaria prejudicando outras categorias profissionais, para as quais os donos dos negócios sentiriam mais à vontade para recorrer ao expediente da terceirização indevida. Es...

O que a mídia não mostrou: a verdadeira situação da Unidade Básica de Saúde inaugurada pela Ministra da Saúde em Juiz de Fora

  ISSO A MÍDIA NÃO MOSTRA MGTV: MATÉRIA SOBRE UNIDADE DE SAÚDE DO JÓQUEI CLUBE 1 NÃO FOI FIEL À REALIDADE No último dia 12 de julho (2024) tivemos o desgosto de ver no MGTV 1ª edição, da TV Integração, afiliada da Rede Globo de Televisão, uma matéria que pouco fica a dever às técnicas dos fabricantes de fake news. Faltou ouvir as partes envolvidas. Noticiário parcial e faccioso. As UBSs não tem direção clínica ou direção técnica responsável, ficando as escalas sob a responsabilidade do gerente da DDAS da Secretaria de Saúde, Sr. Robert Neylor. Cobraram o secretário de Saúde, que tem responsabilidade solidária, mas o Sr. Neylor não foi ouvido e nem questionado. Mostra-se que, historicamente, a prefeitura de Juiz de Fora está inadimplente no cumprimento de normas estabelecidas pela autarquia pública federal responsável pela normatização e fiscalização de serviços médicos, o CFM, determina que: desde outubro de 2016, “a assistência médica e a garantia de condições técnicas para o aten...

DESVALORIZAÇÃO DA SAÚDE - SALÁRIO DE MISÉRIA DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO PODE CAUSAR PARALISAÇÃO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS.

Desvalorização da Saúde: Salário Médico no serviço público já não está mais valendo a pena. Há pedidos de demissão e desinteresse por concursos e contratos. Pronto Socorro é serviço essencial. Mas o salário não é de serviço essencial. Em várias cidades os serviços essenciais vão ficando comprometidos por falta de médicos. Os usuários do SUS estão sendo visivelmente prejudicados por falta de valorização do trabalho médico. É hora de mobilizar e reagir. Leia as matérias abaixo: A valorização dos médicos A Prefeitura de São Paulo enviará à Câmara Municipal um pacote de medidas destinadas a atrair e reter profissionais da saúde nas unidades da rede pública municipal, para eliminar um déficit de pessoal que já dura pelo menos dez anos. Remuneração compatível com a do mercado, avaliação de desempenho, cumprimento de metas e plano de carreira são alguns dos itens que deverão compor a proposta que a Secretaria da Saúde quer ver aprovada até março. A iniciativa poderá benefi...