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AVALIAÇÃO DO MEC CONFIRMA APREENSÃO DAS ENTIDADES MÉDICAS.













Proliferação de escolas médicas e perda na qualidade do ensino são percebidas em avaliação do MEC

Terça-Feira, 29 de abril de 2008
Avaliação do MEC confirma alerta de entidades médicas sobre qualidade de escolas
Fonte: Patricia Comunello | Imprensa SIMERS

O
Sindicato Médico do RS (SIMERS) afirmou, logo após conhecer o resultado
da avaliação de 117 escolas médicas pelo Ministério da Educação (MEC),
que o resultado confirma alerta feito por entidades médicas sobre
abertura de novo curso no Estado. A Faculdade de Medicina da
Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas, foi uma das 17
escolas (13 privadas e quatro federais) com avaliação insuficiente e
que terão de passar por supervisão e poderão até sofrer penalidades.
"Finalmente, o MEC toma uma medida ante o descontrole sobre a qualidade
das escolas, reconhecendo os prejuízos que o excesso de escolas
provoca", destaca Paulo de Argollo Mendes, presidente do SIMERS.



O Brasil é o segundo no mundo em número de faculdades, com 173
unidades, atrás apenas da Índia, que tem mais de 1 bilhão de
habitantes. Argollo recorda que as entidades médicas gaúchas se
posicionaram contra a abertura da faculdade da Ulbra, ante a incerteza
sobre as condições para formar novos médicos e a existência de
profissionais que atendem às necessidades de atendimento da população
gaúcha. Anos depois, o MEC autorizou a criação da escola da UNISC, a
11ª do RS, mesmo com oposição das entidades (SIMERS, Cremers e AMRIGS).
Hoje, o Estado tem o dobro de médicos que necessita. Porto Alegre tem
um médico a cada 113 habitantes, quando deveria ser um a cada mil,
conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).



O presidente do SIMERS lamenta que, mesmo com avaliações insuficientes,
os cursos continuarão por um tempo formando médicos. Eles terão de
apresentar uma série de infomações e planos de melhorias e só depois
poderão sofrer punições. "A população é que acaba pagando o preço
pela ineficiência".



Argollo defende que o estudante de Medicina faça prova de avaliação a
cada ano do curso. Segundo ele, a medida permitiria que a escola e o
MEC pudessem atuar mais rapidamente para sanear as deficiências.
"Poderíamos ter um ranking dos melhores anos, o que criaria ambiente de
competição saudável entre as instituições".



O Sindicato destaca que a avaliação mostrou que três das quatro escolas
melhor posicionadas são do RS. Estão no topo da lista a UFRGS, a
Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre e a Federal de
Santa Maria, que obtiveram conceito máximo (5) no Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de Diferença entre os
Desempenhos Observado e Esperado (IDD).


SIMERS - Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul

Comentários

Anônimo disse…
Gostaria de comentar que as avaliações de cursos de medicina ainda estão de algum modo erradas. Fui aluna da ULBRA e acredito que a diferença realmente quem faz é o aluno.Devido ao esforço pessoal, hoje sou residente de uma dos hospitais referência de uma destas instuições pioneiras.
Sim, a faculdade tem algumas deficiências importantes e como tal devem ser corrigidas. Acredito que com um modo de ingresso mais adequado e com valores menores de mensalidade(que tem elevado absurdamente dia a dia) ou então qualificando o ensino(aulas com menor número de alunos, professores com mestrado e doutrorado...)teriamos melhor resultado. Seria interessante que o SIMERS com seu papel de proteção e auxílo aos medicos recém-formados, que este resultado não significasse uma certa exclusão e preconceito com aqueles que são provindos de escolas com menor tradição.
Há sempre ótimos alunos em qualquer instituição. Ficamos muito tristes em ver, em colegas formados em outras, com melhor classificação, o olhar de desdém para conosco.
Parabéns às outras escolas gaúchas que apresentaram ótimos resultados. E deixo o recado para que possa defender uma escola que ainda engatinha comparado à idade das citadas em 1º lugar. Grata!

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