Pular para o conteúdo principal

Serviços hospitalares são suspensos em decorrência da tabela do SUS.

As chaves do cofre estão em Brasília. A tabela do SUS depende do Ministério da Saúde. Os valores pagos pela remuneração dos serviços médicos e hospitalares estão levando os profissionais e as instituições de saúde a sérias dificuldades financeiras. Em Camboriú, Santa Catarina, região de melhor desenvolvimento econômico e social que outras de nosso país, a assistência médica a usuários do SUS ficará comprometida pela cessação da prestação de serviços. Leia mais sobre o assunto:

27.04.2008

Hospital de Balneário Camboriú reduz em 30% quantia de internações pelo SUS

Déficit nas finanças inclui R$ 1 milhão em dívidas com fornecedores
27.04.2008
Hospital de Balneário Camboriú reduz em 30% quantia de internações pelo SUS

Déficit nas finanças inclui R$ 1 milhão em dívidas com fornecedores

DC

O Hospital Santa Inês, em Balneário Camboriú, Litoral Norte do Estado, reduziu em 30% o número de internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi tomada na última terça-feira para garantir medicação para os pacientes. Os atendimentos de urgência e emergência pelo SUS estão sendo realizados normalmente.
O hospital está passando por sérias dificuldades financeiras. A gravidade do problema fica mais evidente pelo fato de que as dívidas estão acumuladas há mais de dois anos. O déficit ultrapassa R$ 7 milhões, sendo que a dívida com fornecedores de medicação é de mais de R$ 1 milhão.
- Está faltando medicamento porque os fornecedores não querem vender. Só vendem pelo preço estipulado por eles e com pagamento adiantado. Não conseguimos negociar, pois estamos devendo. Por isso, foi preciso reduzir o número de internações - explicou o procurador do hospital, Luiz Fernando Brito.
Desde terça-feira foram desativados 47 leitos. A área de isolamento para pacientes com doenças infecto-contagiosas, que conta com sete leitos, também foi fechada. O hospital está com 120 leitos ativos para receber os pacientes que precisam ser internados.
Um grupo de médicos, que atende no pronto socorro adulto e na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), encaminhou uma carta à administração do hospital e para o Ministério Público solicitando o recebimento dos salários atrasados até o dia 11 de maio, caso contrário eles deixarão de trabalhar, informou Brito.
- A dívida com os médicos é de R$ 370 mil e, se eles não receberem, não vão trabalhar. A única solução será fechar as portas do hospital. Reduzir a internação pelo SUS foi uma medida emergencial, mas não irá solucionar o problema. Não estamos fazendo terrorismo, mas a situação em que o Santa Inês se encontra é caótica - afirmou o procurador.


Região de abrangência tem 470 mil pessoas
O Santa Inês é um hospital regional, cuja abrangência inclui 470 mil pessoas, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Noventa e cinco por cento dos seus atendimentos e internações são feitos pelo SUS, o que corresponde a cerca de 600 internações e 8 mil pacientes atendidos por mês na urgência/emergência.
- Queremos manter o funcionamento do hospital e para isso precisamos da ajuda dos órgãos competentes.
A gerência regional de saúde foi comunicada da situação e esperamos que o governo do Estado tome alguma providência - concluiu Brito.


Fonte: Diário Catarinense - 27-04-2008



C
http://www.simesc.org.br/Regionais/Noticias.aspx?ItemID=1251
Technorati Tags: , , ,

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FAX SINDICAL - COOPERATIVAS E HOSPITAIS QUEREM ABOLIR DIREITOS TRABALHISTAS.

COOPERATIVAS DE TRABALHO E DONOS DE HOSPITAIS QUEREM FLEXIBILIZAR DIREITOS DO TRABALHADORES E TIRAR AO MÉDICO O DIREITO DA CARTEIRA ASSINADA. PROJETO DO TUCANO MINEIRO JOSÉ RAFAEL GUERRA ATACA OS DIREITOS DE OUTRAS CATEGORIAS NA ÁREA DA SAÚDE. A crise econômica americana foi a queda do muro de Berlim do neoliberalismo. Mas algumas idéias neoliberais, sobreviventes da era FHC, persistem em insistir. Uma delas é a flexibilização dos direitos do trabalhador, tão duramente conquistados. (Esta matéria está em http://faxsindical.wordpress.com/2008/09/30/cooperativas-e-hospitais-querem-abolir-direitos-trabalhistas/#more-760 ). O médico não pode fazer plantões, trabalhar 24 horas ou mais em um hospital, sem ter um vínculo empregatício com a empresa que necessita de seus serviços. Essa situação, levaria à terceirização e acabaria prejudicando outras categorias profissionais, para as quais os donos dos negócios sentiriam mais à vontade para recorrer ao expediente da terceirização indevida. Es...

O que a mídia não mostrou: a verdadeira situação da Unidade Básica de Saúde inaugurada pela Ministra da Saúde em Juiz de Fora

  ISSO A MÍDIA NÃO MOSTRA MGTV: MATÉRIA SOBRE UNIDADE DE SAÚDE DO JÓQUEI CLUBE 1 NÃO FOI FIEL À REALIDADE No último dia 12 de julho (2024) tivemos o desgosto de ver no MGTV 1ª edição, da TV Integração, afiliada da Rede Globo de Televisão, uma matéria que pouco fica a dever às técnicas dos fabricantes de fake news. Faltou ouvir as partes envolvidas. Noticiário parcial e faccioso. As UBSs não tem direção clínica ou direção técnica responsável, ficando as escalas sob a responsabilidade do gerente da DDAS da Secretaria de Saúde, Sr. Robert Neylor. Cobraram o secretário de Saúde, que tem responsabilidade solidária, mas o Sr. Neylor não foi ouvido e nem questionado. Mostra-se que, historicamente, a prefeitura de Juiz de Fora está inadimplente no cumprimento de normas estabelecidas pela autarquia pública federal responsável pela normatização e fiscalização de serviços médicos, o CFM, determina que: desde outubro de 2016, “a assistência médica e a garantia de condições técnicas para o aten...

DESVALORIZAÇÃO DA SAÚDE - SALÁRIO DE MISÉRIA DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO PODE CAUSAR PARALISAÇÃO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS.

Desvalorização da Saúde: Salário Médico no serviço público já não está mais valendo a pena. Há pedidos de demissão e desinteresse por concursos e contratos. Pronto Socorro é serviço essencial. Mas o salário não é de serviço essencial. Em várias cidades os serviços essenciais vão ficando comprometidos por falta de médicos. Os usuários do SUS estão sendo visivelmente prejudicados por falta de valorização do trabalho médico. É hora de mobilizar e reagir. Leia as matérias abaixo: A valorização dos médicos A Prefeitura de São Paulo enviará à Câmara Municipal um pacote de medidas destinadas a atrair e reter profissionais da saúde nas unidades da rede pública municipal, para eliminar um déficit de pessoal que já dura pelo menos dez anos. Remuneração compatível com a do mercado, avaliação de desempenho, cumprimento de metas e plano de carreira são alguns dos itens que deverão compor a proposta que a Secretaria da Saúde quer ver aprovada até março. A iniciativa poderá benefi...