quinta-feira, 24 de abril de 2008

DERRAMA NÃO MELHORA A CONDIÇÃO DE SAÚDE DE NOSSO POVO.

Vem aí o dia da derrama. "Tal dia o batizado." Era a senha dos inconfidentes mineiros, que aguardavam o descontentamento generalizado produzido pela derrama, que era o recolhimento dos quintos reais para encher as burras do ineficiente governo colonial dirigido por Dona Maria, a Louca. A derrama era como o imposto de renda daquela época. Levava vinte por cento, em espécie, dos produtos obtidos da mineração. Para muitos o Imposto de Renda vai levar mais do que isso.


Apreensivos os brasileiros vêem chegada a hora de pagar o Imposto de Renda. Já pagando impostos para morar, para possuir um veículo, para abastecer um veículo, pedágio para circular por estradas federais, taxas em portos, aeroportos, rodoviárias, comida, bebida e lazer, terão que pagar um imposto cuja alíquota é de quase trinta por cento. Quase impagável para a maioria dos honestos que comprime seu orçamento a cada dia que passa.


Fala-se na crise de alimentos, que é iminente. Terremotos e na peste: a dengue no Rio de Janeiro, uma das piores epidemias dessa enfermidade já vista. Ficou exposta a fragilidade do sistema público de saúde. Mas o imposto, esse sim, leva sempre o que é dele.


O mesmo não acontece com a saúde, que sofrerá um corte. Informe-se mais lendo a notícia publicada no site do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul.


SIMERS - Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul

Quinta-Feira, 24 de abril de 2008 SIMERS: "Corte de verbas da União para Saúde aumentará paredão do SUS" Fonte: Patricia Comunello | Imprensa/SIMERS   O Sindicato Médico do RS (SIMERS) lamentou nesta quarta, dia 23, a confirmação do corte de R$ 2,6 bilhões no orçamento de 2008 da União para a Saúde. Conforme o presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, a medida comprova que o governo Lula prioriza a área econômica enquanto aumenta o paredão do SUS. "Vai aumentar o número de pessoas que estão encostadas nas paredes de postos esperando por uma consulta e da quantidade de macas que estão encostadas nas paredes dos corredores", projeta o dirigente."Muitas pessoas estão, ali, esperando a morte", alerta Argollo.

O corte significa redução de 6% nas verbas do setor para o ano. O orçamento que era de R$ 43,25 bilhões, ficará em R$ 40,6 bilhões, sendo que R$ 38 bilhões serão para custeio e apenas R$ 2 bilhões para investimentos. "O que chama a atenção é que isso ocorre no momento em que o país vive a maior epidemia (dengue) das úlimas décadas. Isso sublinha o descaso com a crescente desvalorização do atendimento e do empobrecimento do atendimento da população".O SIMERS avalia que a redução terá efeitos negativos na assistência no RS. Argollo lembra que, recentemente, o Senado aprovou a regulametação da Emenda 29 (recursos mínimos para a saúde) que prevê pelo menos 10% das receitas tributárias líquidas para o setor. "De um lado, eleva-se o orçamento, que cumpre a Constituição. De outro, alguém se esmera em pauperizar o orçamento. No meio disso, está a população que depende do SUS", ilustra.

O Estado gasta menos da metade do que deveria em saúde (6%, deveria ser 12%) e há ameaça de fechamento de hospitais filantrópicos e corte de atendimento. Movimento criado em 2007 por médicos, hospitais, trabalhadores da saúde e municípios tenta reveter essa situação. Uma das promessas do governo estadual era elevar os repasses ás instituições, que respondem por 70% das internações pelo SUS, mas a medida estava condicionada a verbas da União.

Confira a íntegra da entrevista do presidente do SIMERS:

SIMERS - Qual a opinião do SIMERS sobre o corte de R$ 2,59 bilhões no orçamento da saúde para 2008?
.: Paulo de Argollo Mendes -
Estamos dentro do ritmo do governo atual, que é de absoluta prioridade para o pagamento da dívida e manutenção e ampliação das reservas cambiais. Não há preocupação com a área social, já que até a educação terá cortes. Estamos assistindo, e isso vem acontecendo progressivamente, ao descaso absoluto com a saúde da população.

SIMERS - Diante de situações como epidemia da dengue e problema crônico na remuneração de médicos e hospitais do SUS, qual a perspectiva para o setor?
.: Argollo -
No momento em que o país vive sua maior epidemia das úlimas décadas é que ocorre este corte. Isso sublinha o descaso do governo com a crescente desvalorização do atendimento, do empobrecimento do atendimento da população, e conseqüentemente, com a situação cada vez mais grave e dramática da assistência.O efeito é o aumento do paredão do SUS, da quantidade de pessoas que estão encostadas nas paredes de postos esperando por uma consulta e da quantidade de macas que estão encostadas nas paredes dos corredores. Muitas pessoas estão ali esperando a morte, pois não vão conseguir vaga nem recursos necessários para suas cirurgias. Diante de tudo isso, a providência do governo é reduzir as verbas para saúde. Isso é atitude, no mínimo, criminosa.

SIMERS - No Rio Grande do Sul, o orçamento da saúde tem sido nem a metade do que deveria ser aplicado como será o impacto da medida aqui no RS?
.: Argollo -
A situação já é falimentar, inclusive de quem presta serviço ao SUS. O Rio Grande do Sul está fazendo um movimento para tentar salvar os hospitais filantrópicos. Mas o governo estadual ignora o que está acontecendo ao destinar menos da metade que a lei obriga para a saúde. E agora o governo federal se esmera em estrangular o que restou da saúde.

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