Pular para o conteúdo principal

SINDICATO DENUNCIA: SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA CORREM RISCO DE PARALISIA POR FALTA DE PROFISSIONAIS MÉDICOS.

A má remuneração dos médicos pela Prefeitura de Juiz de Fora está gerando dificuldades para a manutenção de serviços essenciais. Com o recente aumento de cinco e meio por cento, o salário inicial dos doutores que atuam na Prefeitura passou a ser de pouco mais de três salários mínimos, que é o piso salarial mínimo por vinte horas de trabalho definido na Lei 3999/1961. Inferior ao mínimo profissional definido em Acordo Coletivo entre o Sindicato e a Rede Privada.


Na manhã de hoje (quinta-feira, 17 de abril de 2008), apenas um médico aguentava toda a demanda que chegava à porta do serviço de Clínica Médica do HPS. Deveriam ter pelo menos quatro, mas a Prefeitura não dispõe de recursos humanos efetivos para preencher as vagas - fato já objeto de denúncia da atual Direção Clínica do Hospital ao Ministério Público Estadual - e não consegue contratar interessados aptos para fazer o duro trabalho, em razão da baixa remuneração. Há o risco da contratação de jovens médicos inexperientes, o que seria um erro de escolha do gestor municipal e que poderia causar danos tanto aos profissionais quanto aos usuários.


O Sindicato dos Médicos reivindicou junto à Prefeitura, em pauta entregue ao Doutor Renato Garcia, Secretário de Administração e Recursos Humanos, que a Prefeitura acabe de vez com a discriminação salarial praticada contra os médicos da Prefeitura. Eles ganham vinte e cinco por cento a menos do que os demais profissionais de nível superior porque a Prefeitura os penaliza pela fato da categoria ter uma carga horária especial definida em Lei. Caso único e objeto de ação na Justiça, em curso contra o empregador.


Acreditamos que diante da situação real dos serviços de saúde do SUS de Juiz de Fora, seria prudente que o lado patronal, o gestor do SUS que é a Prefeitura, entendesse a gravidade desse caso e negociasse com o Sindicato o fim da odiosa discriminação salarial. Só assim a manutenção de serviços essenciais não correrá risco de graves deficiências imediatas decorrentes da falta de motivação aos profissionais para atuarem no setor.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FAX SINDICAL - COOPERATIVAS E HOSPITAIS QUEREM ABOLIR DIREITOS TRABALHISTAS.

COOPERATIVAS DE TRABALHO E DONOS DE HOSPITAIS QUEREM FLEXIBILIZAR DIREITOS DO TRABALHADORES E TIRAR AO MÉDICO O DIREITO DA CARTEIRA ASSINADA. PROJETO DO TUCANO MINEIRO JOSÉ RAFAEL GUERRA ATACA OS DIREITOS DE OUTRAS CATEGORIAS NA ÁREA DA SAÚDE. A crise econômica americana foi a queda do muro de Berlim do neoliberalismo. Mas algumas idéias neoliberais, sobreviventes da era FHC, persistem em insistir. Uma delas é a flexibilização dos direitos do trabalhador, tão duramente conquistados. (Esta matéria está em http://faxsindical.wordpress.com/2008/09/30/cooperativas-e-hospitais-querem-abolir-direitos-trabalhistas/#more-760 ). O médico não pode fazer plantões, trabalhar 24 horas ou mais em um hospital, sem ter um vínculo empregatício com a empresa que necessita de seus serviços. Essa situação, levaria à terceirização e acabaria prejudicando outras categorias profissionais, para as quais os donos dos negócios sentiriam mais à vontade para recorrer ao expediente da terceirização indevida. Es...

O que a mídia não mostrou: a verdadeira situação da Unidade Básica de Saúde inaugurada pela Ministra da Saúde em Juiz de Fora

  ISSO A MÍDIA NÃO MOSTRA MGTV: MATÉRIA SOBRE UNIDADE DE SAÚDE DO JÓQUEI CLUBE 1 NÃO FOI FIEL À REALIDADE No último dia 12 de julho (2024) tivemos o desgosto de ver no MGTV 1ª edição, da TV Integração, afiliada da Rede Globo de Televisão, uma matéria que pouco fica a dever às técnicas dos fabricantes de fake news. Faltou ouvir as partes envolvidas. Noticiário parcial e faccioso. As UBSs não tem direção clínica ou direção técnica responsável, ficando as escalas sob a responsabilidade do gerente da DDAS da Secretaria de Saúde, Sr. Robert Neylor. Cobraram o secretário de Saúde, que tem responsabilidade solidária, mas o Sr. Neylor não foi ouvido e nem questionado. Mostra-se que, historicamente, a prefeitura de Juiz de Fora está inadimplente no cumprimento de normas estabelecidas pela autarquia pública federal responsável pela normatização e fiscalização de serviços médicos, o CFM, determina que: desde outubro de 2016, “a assistência médica e a garantia de condições técnicas para o aten...

DESVALORIZAÇÃO DA SAÚDE - SALÁRIO DE MISÉRIA DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO PODE CAUSAR PARALISAÇÃO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS.

Desvalorização da Saúde: Salário Médico no serviço público já não está mais valendo a pena. Há pedidos de demissão e desinteresse por concursos e contratos. Pronto Socorro é serviço essencial. Mas o salário não é de serviço essencial. Em várias cidades os serviços essenciais vão ficando comprometidos por falta de médicos. Os usuários do SUS estão sendo visivelmente prejudicados por falta de valorização do trabalho médico. É hora de mobilizar e reagir. Leia as matérias abaixo: A valorização dos médicos A Prefeitura de São Paulo enviará à Câmara Municipal um pacote de medidas destinadas a atrair e reter profissionais da saúde nas unidades da rede pública municipal, para eliminar um déficit de pessoal que já dura pelo menos dez anos. Remuneração compatível com a do mercado, avaliação de desempenho, cumprimento de metas e plano de carreira são alguns dos itens que deverão compor a proposta que a Secretaria da Saúde quer ver aprovada até março. A iniciativa poderá benefi...