quarta-feira, 30 de abril de 2008

GOVERNADOR AÉCIO NEVES CUNHA, DESCONHECE O MOVIMENTO SINDICAL E ADOTA PRÁTICAS AUTORITÁRIAS

 

A CUT de Minas Gerais e o movimento sindical em Minas Gerais, em especial os sindicatos representativos do funcionalismo público estadual e os segmentos mais progressistas e democráticos do sindicalismo mineiro, têm manifestado o seu descontentamento com o Governo de Aécio Neves Cunha. Essa atitude, aparentemente, choca contra uma opinião mais geral, de que em Minas haveria uma espécie de unanimidade a favor de seu governador. Essa impressão, conforme já foi analisado, é fruto de verbas publicitárias elevadas, que sitiaram a opinião pública mineira e cooptaram a maior parte da grande imprensa no Estado.




Recentemente o governador mineiro meteu seu nariz rubicundo no Partido dos Trabalhadores. Ensaiou, por obra e graça do Prefeito de Belo Horizonte, uma ampla aliança que asseguraria a Aécio o controle também da capital mineira em nome de uma possível futura candidatura presidencial. A aliança caiu.




Acreditamos agora que não foi vã a luta dos militantes do movimento sindical, que em diferentes foros e instâncias denunciaram a verdadeira cara do governo do Sr. Cunha e sua equipe. A Direção Nacional do PT, além de atenta às futuras eleições nacionais e estaduais de 2010 e e zelosa do nome e tradições sindicalistas do PT, mostrou sensibilidade aos argumentos de tantos quantos ocultos entre as montanhas de Minas são dissidentes do projeto hegemônico dos seus mandatários.




Vale a pena ler a nota emitida pela Direção Nacional do PT e, em especial, seu trecho destacado.




RESOLUÇÃO - POLÍTICA DE ALIANÇAS BH


CEN – 24/04/08




1) O 3º Congresso Nacional do PT, realizado em 2007, e posterior resolução do Diretório Nacional sobre Tática Eleitoral, consideram o PSB, o PCdoB e o PDT como aliados prioritários nas eleições de 2008. Portanto, a posição do Encontro Municipal de Belo Horizonte, ao definir apoio a um candidato a prefeito do PSB está adequada à diretriz nacional definida pelas instâncias partidárias.





2) A Resolução do DN sobre tática eleitoral estabeleceu, ainda, que as alianças com o PSDB e com o DEM (ex PFL), em cidades com mais de 200.000 habitantes, Capitais dos Estados e cidades que transmitem horário eleitoral de TV só poderiam se dar como exceção e mediante autorização da CEN.





3) O significado do simbolismo de uma aliança PT/PSDB em Belo Horizonte extrapola a dimensão política de um simples acordo municipal. Revela uma aliança explicitada em documento aprovado pelo Encontro Municipal com o Governador do Estado de Minas e potencial candidato a Presidente da República, Aécio Neves. Por isto, contraria a posição definida pelo Diretório Nacional para a política de alianças e desrespeita a avaliação política do próprio Diretório Regional de Minas firmada na sua Resolução nº 002/08, segundo a qual:




O Governo Aécio não se coaduna com o que o PT quer para Minas Gerais e muito menos para o Brasil. Reafirmamos nossa oposição programática ao governo estadual, conforme Resolução do 3º Congresso Estadual, em razão de ações como: mínimos investimentos na área social, ausência de participação popular, falta de transparência no gasto público e sua concepção de estado mínimo.”




4) O DN e o Diretório Estadual de Minas Gerais consideram o governo Aécio Neves uma administração comprometida com políticas frontalmente distintas daquelas que compõem nosso ideário e o nosso programa de governo.





5) A Comissão Executiva Nacional decide:




Comunicar ao Diretório Municipal de Belo Horizonte e ao Encontro Municipal para definição de tática eleitoral, que não autorizará, em nenhuma hipótese, o PT a participar de qualquer coligação da qual faça parte o PSDB naquela capital.




Essa é a nota do PT. Para quem não conhece, Aécio chegou ao extremo de governar o Estado por meio de Leis delegadas. Esse poder discricionário foi a ele concedido pela Assembléia, que dele abriu mão em favor do governador. Para fazer leis, sem votação pelo Legislativo, que se aplicassem à administração pública. Esse foi o motor ditatorial do choque de gestão, do qual tanto falou a propaganda oficial. Há que se lembrar, que nem depois do golpe militar de 64, Magalhães Pinto conseguiu que os deputados estaduais mineiros lhe dessem esse poder.




Sem discutir a qualidade dos atuais deputados, há que se desconfiar da do governador e seus áulicos. De solicitar um poder discricionário em tempos como os de hoje. E esse absurto passar desconhecido da maioria dos mineiros e brasileiros.




Mais uma razão achamos para saudar a decisão da Direção Nacional do PT que jogou por terra a manobra maldosa de Aécio contra o PT de BH, apoiada, infelizmente, pelo Sr. Fernando Pimentel. Para defender um homem de confiança do irmão do Cid Gomes.




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