Muitos citam o modelo cubano como inspirador do programa de saúde da família. Sendo a matriz dessa idéia ou não, o fato é que a população de lá acumula queixas contra o funcionamento do sistema nacional de saúde, no que diz respeito à atenção básica. Sensível às reclamações, o Governo da ilha resolveu introduzir importantes modificações. A matéria abaixo, da agência Reuter (publicada no UOL) nos informa dessas modificações. O fato é importantíssimo para nós brasileiros, principalmente quando entra em discussão a organização da atenção básica no país.
Cuba reorganiza programa de médico da família - 08/04/2008 - UOL Últimas Notícias
Internacional
08/04/2008 - 12h45
Cuba reorganiza programa de médico da família
Marc Frank
Em Havana (Cuba)
Respondendo a reclamações da população cubana, o presidente Raúl Castro começou a reorganizar o programa de médico de família do país, um dos pilares do sistema de saúde universal do governo comunista da ilha.
Mais de metade dos consultórios será fechada e o número de funcionários nos consultórios restantes aumentará, disseram membros da área da saúde a respeito da reforma, parte dos esforços para melhorar a vida da população realizados por Raúl desde que sucedeu em fevereiro Fidel Castro, irmão convalescente dele.
Os cubanos vêm reclamando que o programa de médico de família carece de mão-de-obra desde que o governo começou a enviar milhares de médicos para a Venezuela, em 2000.
Pouco a pouco, seis semanas depois de sua chegada à presidência de Cuba, Raúl Castro imprime ao país uma dinâmica reformadora, tão discreta quanto audaz, dando prioridade às "necessidades elementares" dos cubanos, mesmo correndo o risco de se afastar dos preceitos revolucionários estabelecidos por seu irmão Fidel. SEM ALARDE, RAÚL CASTRO IMPLANTA VÁRIAS REFORMAS LEIA MAIS POVO AGORA PODE IR À PRAIA PAÍS TENTA REFORMA AGRÁRIA UM CANAL ESTRANGEIRO NA TV LIBERADA VENDA DE CELULARNas províncias, os consultórios agora contarão com a presença de um médico e de uma enfermeira durante todo o dia, em vez de apenas nas manhãs, afirmaram integrantes da área da saúde.
"Houve várias medidas novas nas últimas semanas. Eles estão pintando os consultórios, desenvolvendo um sistema para garantir que os médicos e enfermeiras recebam um almoço adequado e levando mais equipamentos para as clínicas", disse uma enfermeira da região central de Cuba, na terça-feira.
Em Havana, onde moram 2,2 milhões de pessoas, há um plano semelhante. Mas a adoção dele demorará mais tempo devido a uma carência de médicos e enfermeiras. Na capital cubana, ainda, o plano deve incluir, por enquanto, os consultórios tradicionais, onde os médicos permanecem apenas na parte da manhã.
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